Prefeitura de Maceió e o descaso com a educação
Sinteal promove 'acampamento de luta' no pátio da Secretaria Municipal de Educação
Publicado: 24 Setembro, 2014 - 15h57 | Última modificação: 24 Setembro, 2014 - 16h11
Escrito por: Sinteal
Em repúdio ao retrocesso da prefeitura de Maceió e da Semed (Secretaria Municipal de Educação) em relação à implantação do 1/3 de hora-atividade, Sinteal e trabalhadoras/es da rede pública municipal de educação realizaram na manhã desta quarta-feira (24), um “acampamento de luta” no pátio da secretaria, no bairro da Cambona.
“Estamos denunciando à sociedade alagoana e à imprensa o tratamento que a atual gestão dispensa à classe trabalhadora”, disse a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia.
A luta pró-1/3 de hora-atividade vem desde o início de 2012, mas a implantação sempre enfrentou dificuldades. No início do mandato da atual gestão municipal, em 2013, foi novamente colocada em pauta, com a categoria pacientemente aguardando a necessária “transição” entre comandos da prefeitura e da Semed, para que atual “se ambientasse” em relação às pautas pendentes dos/as trabalhadores/as.
Depois de vários prazos, não restou à categoria senão endurecer nas cobranças, tendo em vista o descompromisso da Prefeitura e da Semed, inclusive com a realização de greve. A partir daí, a negociação voltou a avançar.
Luta no TJ
Com a entrada do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), como agente conciliador na negociação, a Semed chegou a apresentar proposta que a categoria considerou adequada, no caso a ampliação da carga horária para se ajustar à lei, mas esbarrou no fato de que o prazo de implantação ainda estava muito longo, além do que, na proposta, as implantações só seriam concluídas em maio de 2015.
Na última reunião, no TJ/AL, em que a negociação foi dada como “encerrada”, a Semed retrocedeu e apresentou ao Sinteal e à categoria uma outra forma de implantação: em contratos de horistas, precarizando os trabalhos. Com a forma proposta, trabalhadoras/es do quadro serão tratados/as como “horistas” e terão vários direitos negados.
No ato/acampamento de luta também foram denunciadas e repudiadas atitudes de perseguição nas escolas (como o fato de diretora que rasgou o ponto em que um professor escreveu “paralisação”, impondo falta no trabalhador), e de problemas com a avaliação de desempenho.
IEAL
Finalmente, foram repassados à categoria informes sobre a participação do Sinteal no IEAL, encontro de caráter latinoamericano, em Recife (PE), e sobre a campanha “#Ensino e Aprende”, que a CNTE lançou recentemente.