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Presidenta do Sindicato dos Metroviários de SP é ameaçada de morte, após greve

Sindicato dos Metroviários de SP relata que sua presidenta Camila Lisboa e outros dirigentes estão sendo ameaçados de morte nas redes sociais por grupos bolsonaristas

Publicado: 27 Março, 2023 - 17h59 | Última modificação: 27 Março, 2023 - 18h04

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha

Reprodução
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A presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, vem recebendo ameaças de morte de perfis de extrema direita pela internet, depois da greve que encurralou o governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o obrigou a aceitar reivindicações da categoria.

Do dia 24 de março até esta segunda-feira (27), Camila recebeu três ameaças de mortes em mensagens particulares via Instagram. Além disso, imagens de dirigentes do Sindicato atuando na greve e perfis das redes sociais foram veiculados em grupos bolsonaristas, com xingamentos e mensagens de ódio contra a greve, a entidade sindical e seus dirigentes.

Em nota, o sindicato diz que as ameaças de morte à presidenta da entidade revelam grave conteúdo misógino (ódio a mulheres) e racista, característico da extrema direita, do ódio político que tomou conta do país nos últimos anos e que matou a ex-vereadora Marielle Franco, num atentado no Rio de Janeiro. 

“Desde já reafirmamos que essas ameaças não irão nos calar. A categoria metroviária seguirá sua luta por direitos, por um transporte público de qualidade e pela catraca livre”. Entenda abaixo.

A nota encerra dizendo que “as medidas jurídicas e de segurança já estão sendo tomadas. Mas, é necessário que todo o movimento social e democrático repudie veementemente esta prática. Além disso, o poder público e a Justiça devem atuar em favor da proteção dos dirigentes sindicais e da célere investigação, apuração e punição dos criminosos.

A greve dos metroviários

O sistema de “catraca livre” em que os usuários não pagariam pela passagem foi uma decisão da categoria para que a população tivesse conhecimento das reivindicações. A direção do Metrô aceitou a catraca livre, mas no dia do início da greve, quinta-feira (23), entrou com uma liminar contra o sindicato.

A greve acabou em parte sendo vitoriosa pois consegui fazer o governo do estado oferecer o pagamento de Participação de Resultados (PRs) de R$ 2.000 por trabalhador referente aos três anos em que não houve pagamento.  Além disso, o Metrô se comprometeu a cancelar punições aos grevistas e não descontar as horas paradas. As demais reivindicações não forma atendidas

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