Escrito por: CUT Nacional
Ao invés de ameaçar, o general deveria respeitar a Constituição, observar o preceito da transparência e, em última instância, seguir o ditado popular: “Quem não deve, não teme”!
A CUT repudia com veemência as ameaças do general Augusto Heleno, ministro chefe do GSI, de que a apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo Supremo poderia ter “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”. Trata-se de uma intimidação inaceitável de quem ocupa o centro do poder para atacar a democracia. O general ao invés de ameaçar, deveria respeitar a Constituição, observar o preceito da transparência e, em última instância, seguir o ditado popular: “Quem não deve, não teme”!
O Supremo nada mais fez do que cumprir seu papel institucional de assegurar as condições para que denúncias de eventuais crimes sejam apuradas, independentemente de quem seja o acusado. Cumpriu seu papel, da mesma forma como restringiu, na votação de hoje, a MP 966 que livraria qualquer agente público, inclusive o próprio Bolsonaro, de processos civis ou administrativos por ações tomadas no enfrentamento à pandemia do coronavírus. O recado foi dado: não haverá impunidade para crime.
Em vez de continuar participando dos desmandos do atual governo como cúmplice da ação genocida de Bolsonaro, o general deveria aceitar o conselho do presidente da OAB de abandonar o fatídico 1964 e “contribuir com 2020, se puder”.
Fora Bolsonaro!
Sergio Nobre
Presidente da CUT