Escrito por: Redação CUT
Pedro Castrillo enfrentava o terceiro pedido de impeachment desde que assumiu a presidência do Peru, em 2021. Em seu lugar assume a vice-presidenta Dina Boluarte
Horas depois de anunciar à nação que iria dissolver o Congresso Nacional e instituir um "governo de emergência excepcional" a fim de convocar novas eleições e, posteriormente, mudar a Constituição do país, o presidente do Peru, Pedro Castillo, foi destituído do cargo pelo Parlamento, e preso na tarde desta quarta-feira (7), após 16 meses no cargo. Em seu lugar assume a vice-presidenta Dina Boluarte.
Castillo enfrentava o terceiro pedido de impeachment. Em julho de 2021, ele derrotou em eleições democráticas, a candidata da extrema direita Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori.
Para destitui-lo, o congresso peruano acusou o presidente de corrupção que envolveria ainda seus familiares e políticos aliados. Na votação de hoje, o Congresso anunciou o impeachment de Castillo “por incapacidade moral”.
Informações da imprensa local mostram que a decisão de Castillo de fechar o Congresso foi rejeitada, inclusive, por seus aliados, o que teria facilitado o processo de impeachment.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), chegou a suspender as suas atividades desta quarta. Os representantes do Peru, inclusive seu embaixador, deixaram seus cargos em protesto à decisão de Castillo. Com a decisão de fechar o Congresso, praticamente todo o gabinete de ministros renunciou.
Os congressistas também enfrentam acusações de corrupção, refletindo na avaliação que a população peruana tem de seus políticos. A reprovação do parlamento chega a 86% nas pesquisas. Castillo, por sua vez, é rejeitado por 70% dos peruanos.
Segundo a Constituição do Peru, para afastar um presidente são necessários 87 votos. A oposição dispõe de 80 congressistas e o restante, os outros 50 parlamentares, são governistas ou próximos ao governo. Ainda assim, Castillo foi destituído por maioria de votos.
Com informações do UOL.