Escrito por: Redação RBA
Presidente da estatal afirma que tem total controle sobre política de preços, que defende, mas diz que como não gosta de dogmas optou por flexibizar
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou com voz quase embargada a decisão de reduzir o preço do diesel em 10% nas refinarias, como forma de enfrentar a greve de caminhoneiros que já dura três dias. O dirigente trata a medida como recuo e, em sua conduta de gerenciar atendendo mercado de capitais e investidores, assinala que a política de preços da companhia está sob controle e que não perde o sono com o recuo.
"Foi uma decisão unânime da diretoria, que é quem tem o controle sobre a política de preços. Eu não vejo nenhum arranhão na nossa economia e na nossa liberdade de praticar esses preços", disse, quase se desculpando com o mercado.
"Não foi uma decisão simples. De maneira nenhuma, não foi. Mas eu tenho a serenidade de dizer que tenho horror em ser dogmático. E acho que o momento brasileiro exige essa visão de abertura, sem dogmatismo. Então, nesse sentido, quero dizer a vocês que vou dormir bem esta noite", concluiu.
O preço cairá para R$ 2,1016 o litro por 15 dias. A medida, segundo a Petrobras, é de caráter excepcional e visa permitir que o governo e os representantes dos caminhoneiros tenham tempo para negociar. Após os 15 dias, a estatal retomará as poucos sua política de reajustes dos preços dos combustíveis.
Na manhã desta quarta, a Petrobras já havia anunciado uma redução de 1,15% no preço do diesel, a R$ 2,3083 por litro, enquanto a gasolina foi baixada em 0,62%, para R$ 2,0306 por litro. Os novos preços entram em vigor a partir desta quinta-feira (24). Isso não significa necessariamente que as mudanças chegarão ao consumidor final na bomba. Os postos são livres para aplicar ou não o reajuste, e na porcentagem que desejarem.
Com informações de Agências.