Escrito por: Redação CUT
Alimentos tiveram a maior alta e habitação foi o grupo que mais recuou
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) caiu 0,23% em janeiro em relação a dezembro do ano passado (0,34%), ficando em 0,11%, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (24). É o menor índice desde o início do Plano Real.
O resultado da prévia da inflação de janeiro foi alcançado pela deflação no Grupo Habitação que reduziu em 3,43%, puxado principalmente pela energia residencial, que recuou 15,46%, apesar dos preços dos alimentos que foi o grupo entre os nove pesquisados que mais teve alta: 1,06%.
Os demais grupos tiveram os seguintes resultados:
Com o resultado, o IPCA-15 começou 2025 com uma alta acumulada de 4,5% em 12 meses — uma desaceleração em relação aos 4,71% registrados em dezembro do ano passado.
Em janeiro, IPCA-15 subiu em nove regiões
Quanto aos índices regionais, a maior variação foi observada em Goiânia (0,53%), por conta das altas da gasolina (5,77%) e do etanol (12,29%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,13%) em razão da queda na energia elétrica residencial (-16,84%) e da batata-inglesa (-21,62%).
IPCA-15 Regiões
Região
Peso Regional (%)
Variação
Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Dezembro
Janeiro
12 meses
Goiânia
4,96
0,35
0,53
5,17
Salvador
7,19
0,66
0,28
4,60
Brasília
4,84
-0,04
0,26
4,55
Fortaleza
3,88
0,40
0,21
4,36
Curitiba
8,09
0,19
0,16
4,19
Belo Horizonte
10,04
0,41
0,13
5,41
São Paulo
33,45
0,36
0,09
4,73
Recife
4,71
-0,03
0,06
3,91
Belém
4,46
0,56
0,01
4,33
Rio de Janeiro
9,77
0,36
0,00
4,22
Porto Alegre
8,61
0,27
-0,13
3,13
Brasil
100,00
0,34
0,11
4,50
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.
Metodologia
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de dezembro de 2024 a 14 de janeiro de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de novembro a 12 de dezembro de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Confira a pesquisa completa aqui.
Com informações do IBGE