MENU

Primeiro-ministro do Reino Unido renuncia ao cargo após uma série de crises

Em meio a uma série de crises e denúncias e ainda isolado, Boris Johnson, líder do Partido Conservador, ficará no cargo até que substituto seja escolhido

Publicado: 07 Julho, 2022 - 09h59 | Última modificação: 07 Julho, 2022 - 10h41

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Print da tela da CNN Brasil
notice

Após uma série de crises, denúncias e abandonado por aliados, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou nesta quinta-feira (7) à liderança do Partido Conservador. Em entrevista em frente à residência oficial, no número 10 de Downing Street, Boris indicou que permanecerá no cargo até que um novo líder do Partido Conservador seja escolhido.

"O processo de escolha de um novo líder deve começar. E hoje indiquei um novo gabinete para governar, assim como eu farei até a escolha acontecer", disse, como mostra transmissão feita pela CNN Brasil.

A popularidade de Boris Johnson começou a balançar no início da pandemia do novo coronavírus, quando ele decidiu fazer parte do time dos negacionistas, piorou quando a população descobriu que, enquanto o país vivia um rigoroso esquema de isolamento social para conter as milhares de contaminações e mortes por Covid-19, o primeiro-ministro participava de várias festas em ambientes fechados, que ele mesmo havia proibido, e fechou ao ápice após as denúncias de sabia – e nada fazer - que o deputado conservador Christopher Pincher, vice-chefe do cargo conhecido como "chief whip" (chicote chefe) - responsável pela disciplina parlamentar dos deputados -, era um assediador sexual.

Até então, Boris resistia, mas a debandada no governo o enfraquecei mais ainda. Nos últimos dias, dois secretários renunciaram - Rishi Sunak e Sajid Javid, das Finanças e de Saúde – e foram seguidos por mais de 50 membros da gestão do primeiro-ministro. A pressão cresceu na quarta (6), quando um grupo de pessoas próximas a ele, entre as quais outros ministros, foi até Downing Street para pedir que Boris enfim cedesse, encerrando um período de quase três anos à frente do Reino Unido.

Eleito para entregar o brexit, a separação dos britânicos da União Europeia, o conservador cumpriu a promessa. Também foi o primeiro líder no mundo a entregar vacinas contra o coronavírus à população, numa virada que chegou a apagar os trancos iniciais, quando demorou a decretar lockdown e outras restrições, levando o país a ser um dos mais atingidos pela pandemia no continente.

Com informações da Folha de S.Paulo e CNN