Produção industrial cai e se mantém abaixo do nível anterior à pandemia
Setores de alimentos e de automóveis estão entre os destaques negativos constatados em pesquisa do IBGE para o mês de abril
Publicado: 02 Junho, 2023 - 12h24 | Última modificação: 02 Junho, 2023 - 12h30
Escrito por: RBA
A produção industrial caiu 0,6% de março para abril, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (2) pelo IBGE. Na comparação com abril do ano passado, a queda foi de 2,7%. Assim, a atividade do setor recua 1% no ano e 0,2% em 12 meses.
“Com esses resultados, a indústria ainda se encontra 2,0% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,5% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011”, informa o IBGE.
Alimentos e veículos: queda
Ainda de acordo com o instituto, duas das quatro categorias econômicas e 16 dos 25 ramos industriais pesquisados tiveram recuo. As principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-3,2%), máquinas e equipamentos (-9,9%) e do segmento que reúne veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,6%). Entre as altas, destaque para coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,6%), com o terceiro resultado positivo seguido.
Já em relação a abril do ano passado, o IBGE apurou queda nas quatro categorias econômicas, em 18 dos 25 ramos, 57 dos 80 grupos e 58,4% dos 789 produtos pesquisados. O instituto cita produtos químicos (-12,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,7%) e máquinas e equipamentos (-14,3%) como principais influências negativas. O segmento de coque (tipo de combustível) cresceu 3,2%.
Maioria cai em 2023
No acumulado do ano, houve resultado negativo em duas das quatro categorias, 15 dos 25 ramos, 46 dos 80 grupos e 53,% dos 789 produtos. Mais uma vez, o setor de produtos químicos aparece com retração (-8,1%), além de produtos de minerais não metálicos (-9,6%), metalurgia (-4,8%) e máquinas e equipamentos (-6,4%). Nessa comparação, o segmento de veículos automotores cai 3,5%. Das 10 atividades em alta neste ano, destaque para indústrias extrativas (2,9%), coque/derivados do petróleo (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (17,4%).