Escrito por: William Pedreira
Metalúrgicos paralisam atividades por melhores salários, benefícios e condições de trabalho
Os cerca de 750 metalúrgicos da Wetzel em Joinville estão de braços cruzados desde a última terça-feira (15). A paralisação, que ocorre de dentro da fábrica para fora, demonstra a insatisfação dos trabalhadores com a questão dos salários, benefícios e condições de trabalho.
Em relação à Participação nos Lucros e Resultados de 2010, a empresa afirmou que não atingiu a meta. O pior é que numa demonstração de falta de consideração e de compromisso em resolver a situação, a Wetzel distribuiu há cerca de 15 dias energéticos para os funcionários.
“Enquanto a empresa não oferecer melhores condições de trabalho, salários e benefícios condizentes com as nossas demandas a fábrica permanecerá parada”, informa o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville, Genivaldo Ferreira.
Na primeira rodada de negociação, a direção da empresa apresentou uma proposta que foi amplamente rejeitada pelos metalúrgicos. O comunicado propunha a antecipação parcial dos lucros de 2011, no valor de R$ 400 que seriam pagos em duas parcelas.
Entre outras reivindicações, estão um plano de saúde mais completo, já que o atual, por exemplo, não permite o funcionário e sua família de usufruírem do processo de internação; reformas no ambiente de trabalho levando em consideração as condições de higiene e aumento salarial.
Haverá hoje, a partir das 13h, uma nova assembleia com os três turnos na qual se definirá os próximos passos do movimento paredista.
“A empresa entrou com um pedido de interdito proibitório que foi acatado pela Justiça e impede os trabalhadores de realizarem reuniões e manifestações há 100 metros da empresa. Essa tentativa de desmobilizar a greve não vai enfraquecer nosso movimento”, afirma Genivaldo.