Professores da Fundação Santo André estão em greve por atrasos nos salários
Atrasos nos pagamentos dos salários ocorrem desde 2015, denuncia o Sinpro-ABC. Os décimos terceiros de 2016 a 2018 também não foram pagos até hoje
Publicado: 11 Janeiro, 2019 - 16h36 | Última modificação: 11 Janeiro, 2019 - 17h31
Escrito por: Redação CUT
Professoras e professores da Fundação Santo André (FSA) estão em greve desde segunda-feira (7) por causa dos recorrentes atrasos e parcelamentos dos salários, além da falta de pagamento do décimo terceiro de 2016, 2017 e 2018.
Nesta sexta-feira (11), os docentes divulgaram uma carta aberta com os motivos da paralisação, além da convocação de uma aula pública, que será realizada neste sábado (12), no Calçadão da Oliveira Lima, em Santo André, às 10h. O objetivo é conscientizar a sociedade sobre os problemas que os trabalhadores e trabalhadoras enfrentam na instituição.
As principais demandas dos funcionários são: pagamento dos salários atrasados; pagamento das parcelas do décimo terceiro de 2016, 2017 e 2018; reintegração imediata dos docentes e funcionários desligados; e transparência e acesso aos critérios da comissão de sindicância, pois são todos cargos de confiança do reitor.
De acordo com o Sindicato dos Professores do ABC (SinproABC), os salários sofrem atrasos desde maio de 2015 e até agora os salários de dezembro de 2016 e janeiro e fevereiro de 2017 ainda não caíram na conta dos professores e professoras.
Eles acusam o reitor Francisco José Santos Mirleu, bem como sua equipe próxima, de sucatear a instituição. No início do ano, 75 funcionários entraram em processo de desligamento. O vice-reitor, Rodrigo Cutri, afirma que a medida foi fruto de uma sindicância que identificou profissionais que não passaram por concurso público.
O Sindicato cobra maior transparência do processo, pois a sindicância, denunciam os professores, foi realizada por pessoas de confiança do reitor e há a suspeita de que alguns de seus membros não fizeram concurso público.
"O reitor também afirmou que não fez concurso público, alegando que a FSA nem sempre fez essa exigência, o que é verdadeiro. A comissão de sindicância "sem isenção" estaria protegendo o reitor?”, questionam os professores na nota.
Para o Sinpro-ABC, a equipe da reitoria, que inclui, além de reitor e vice, o pró-reitor de administração e planejamento, o pró-reitor de pós-graduação, pesquisa e extensão e os 14 cargos comissionados de confiança, trabalham para “implementar uma política de diminuição da qualidade de ensino e rebaixamento salarial”.
Assista à convocatória dos professores para a aula pública de amanhã:
*Com informações Rede Brasil Atual