Escrito por: Concita Alves ( CUT-RN)

Professores da rede estadual do RN encerram movimento grevista

Sem avanço nas negociações, a categoria avaliou ser a decisão mais sensata encerrar a greve

Concita Alves
Assembleia dos professores do RN

 

Com 272 votos pelo fim da greve, 180 pela continuidade e 10 abstenções, a assembleia da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte, realizada na manhã desta quarta-feira (12) na capital, Natal, aprovou o fim do movimento paredista iniciado no último dia 7 de março. Mas a luta pela aplicação do piso salarial do Magistério 2023, no índice de 14,95% , continua.

Sem avanços nas negociações, as trabalhadoras e trabalhadores em educação tiveram que aceitar a proposta apresentada pelo governo durante a última audiência de negociação realizada no dia 28 de março, com a presença da governadora Fátima Bezerra. As aulas na rede estadual serão retomadas a partir de 13/04.

"O governo Fátima falhou no diálogo com a categoria, e sua representante, a secretária, está incomodada com a autonomia do movimento grevista", informa o Boletim do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE/RN), distribuído na assembleia desta quarta.

O Sindicato vai enviar ofício ao governo comunicando da decisão da assembleia e informar que aceita os termos da última proposta do Estado para quitação do Piso. Essa proposta prevê:

Para o coordenador geral do SINTE/RN, Bruno Vital, “A finalização da greve não traz o sentimento de derrota para a categoria, visto os ganhos importantes, como o avanço nos projetos de Lei do Porte das Escolas, das Escolas em Tempo Integral, do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Funcionários e a realização do Concurso Público”.

Na terça-feira (11), os trabalhadores da rede estadual de educação realizaram ato público, e caminharam até a governadoria, no Centro Administrativo, em Natal, na perspectiva de serem recebidos pelo governo do estado para reivindicar mais uma vez suas principais demandas : atualização do Piso, a conclusão e aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos funcionários, a realização de concurso público e o envio à Assembleia Legislativa dos projetos do porte das escolas e do ensino em tempo integral.

A última proposta enviada ao governo pela categoria, constava:

14,95% em abril para os professores que ganham abaixo do Piso, retroativo a janeiro;

7,21% em maio para todos (ativos e aposentados);

3,69% em setembro; (ativos e aposentados);

3,49% em novembro; e (ativos e aposentados);

Retroativo em 8 vezes, a partir de maio de 2024 (ativos e aposentados).