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Professores de SP entram em greve a partir de 2ª contra a volta às aulas presenciais

Em defesa da vida, categoria decidiu, em assembleia realizada nesta sexta, manter o trabalho remoto

Publicado: 05 Fevereiro, 2021 - 17h08 | Última modificação: 05 Fevereiro, 2021 - 17h33

Escrito por: Apeoesp

Apeoesp
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Assembleia da Apeoesp realizada antes da pandemia

Os professores e as professoras de rede pública estadual de São Paulo decidiram, em assembleia virtual realizada na tarde desta sexta-feira (5), entrar em greve a partir de segunda-feira (8) contra a volta às aulas presenciais. A categoria decidiu manecer com o trabalho remoto. A decisão teve apoio de 81,8% da categoria.

A presidenta do sindicato dos professores, Apeoesp, e deputada estadual, Professora Bebel, explica que se trata de uma "greve sanitária em defesa da vida contra a volta às aulas presenciais". Ela afirma que, diferentemente de outras paralisações, desta vez o foco é a saúde, preservar vidas, tanto de professores quanto de alunos, funcionários e familiares, por isso permanecerá o trabalho remoto.

"Não há condições para um retorno seguro. As escolas não apresentam a mínima infraestrutura. Recebemos a todo momento fotos e vídeos de professores mostrando banheiros quebrados, lixo acumulado, goteiras, álcool gel vencido. E tudo isso já está causando consequências graves. A Apeoesp fez um levantamento em que constatou até agora 147 casos de covid em escolas (lista das escolas em anexo). Todas tiveram algum tipo de atividade presencial. Imagine o que vai acontecer quando milhões de estudantes voltarem para as aulas presenciais no Estado", afirma Bebel.

A Apeoesp vai realizar, durante a próxima semana, uma série de atos e manifestações. "Queremos dialogar com a população. Teremos carros de som por todo o Estado, campanha de esclarecimento nas redes sociais, rádios e TV, carreata, manifestações regionais. Além disso, iremos às câmaras municipais, conversaremos com prefeitos e realizaremos encontro com professores, pais, mães, estudantes e funcionários, entre outras ações", conclui a Professora Bebel.