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Professores de SP sinalizam greve por reajuste salarial e contra ataque de Doria

Luta é contra proposta de carreira para o magistério encaminhada pelo governo Doria, mais um ataque do governador aos educadores, reajuste salarial e outros itens. Confira

Publicado: 17 Março, 2022 - 11h31 | Última modificação: 17 Março, 2022 - 11h39

Escrito por: Redação CUT

Roberto Parizotti (Sapão)
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Em luta por reajuste salarial, contra ataques do governo do Estado e valorização da categoria, professores, diretores e supervisores de ensino da rede estadual de São Paulo sinalizaram para uma greve de professores e demais profissionais da educação, em ato realizado nesta quarta-feira (16) na capital.

Entre as reivindicações da categoria estão alterações na proposta de carreira para o magistério encaminhada pelo governo de João Doria (PSDB) à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O governo propõe substituir salários por subsídios, acabando com os quinquênios, sexta-parte e outros adicionais, além do fim da contagem de tempo de serviço como fator de evolução de carreira e excessiva lentidão para essa evolução.

Se a proposta for mantida e “tivermos de tirar uma greve, nós vamos discutir isso sem medo. Chega de autoritarismo, chega de ataques a uma categoria”, disse a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), professora Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel.

Roberto Parizotti (Sapão)Roberto Parizotti (Sapão)
Professora Bebel, em ato de ontem em SP

Estudos da Apeoesp mostram que, no caso dos professores, cumprindo todos os requisitos de cada etapa, demoraria 28 anos para atingir a 11ª referência da carreira, de um total de 15.

“Temos de enfrentar esse governador, esse secretário da Educação, que têm sido injustos com nossa categoria, mentido quando fala dessa carreira”, disse Bebel no ato.

“Não é carreira. É subsídio, é desmonte de um direito que nós defendemos diuturnamente todos esses anos. Eu quero simbolicamente, até porque  juntos com outras entidades, vamos rechaçar essa nova carreira e dizer que nós queremos 33,2%, queremos uma mesa de negociação para que os nossos dieitos sejam garantidos”, disse a presidenta da Apeoesp, que também é deputada estadual.

Os educadores também reivindicam reajuste de 33,24%. Já para servidores da ativa e aposentados, o cumprimento da Lei do Piso, o fim do chamado confisco salarial de aposentados e pensionistas, a implementação da jornada do piso, o direito à alimentação nas escolas, aumento do valor do auxílio-alimentação, ampliação das condições trabalhistas da categoria F aos todos os professores da categoria O até que haja concurso.

Com informações da RBA.