Escrito por: Redação CUT
Educadores querem que o governador Ratinho Junior sente na mesa de negociação e discuta a pauta da categoria
Cerca de 75 professores e funcionários de escolas públicas do Paraná deixaram, na manhã desta quinta-feira (19), o prédio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que haviam ocupado no fim da tarde desta quarta-feira (18), e seguiram em caminhada, com outras 300 pessoas que aguardavam do lado de fora, até a frente do Palácio Iguaçu, sede do governo do estado.
Um grupo de profissionais decidiu iniciar uma greve de fome e permanecer em frente ao Palácio até uma resposta positiva sobre a pauta que a categoria quer negociar com o governador Ratinho Júnior (PSD) e seus secretários.
Outro grupo realiza, ainda nesta quinta, uma reunião com deputados, integrantes do governo e da APP-Sindicato (sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná).
A pauta da categoria inclui a revogação do Edital 47, que prevê a realização de uma prova para contratação de funcionários temporários para a educação. Seriam aproximadamente 90 mil pessoas envolvidas em plena pandemia do novo coronavírus.
A categoria também cobra a realização de concurso público, uma das promessas de Ratinho Júnior, além do pagamento de promoções e progressões atrasadas e outras demandas relacionadas à educação pública e a suspensão da militarização de escolas e a revogação da terceirização de funcionários.
A revogação da militarização das escolas, sobretudo, nos colégios noturnos, é uma pauta importante para categoria, que alerta: a legislação aprovada pela própria Assembleia Legislativa proíbe esta prática.
“Não dá para deixar milhares de estudantes que estão ficando sem matrícula para a continuidade dos seus estudos”, disse o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão.
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