Professores e servidores públicos fazem atos por todo o país por reajuste salarial
Em diversos estados servidores públicos aderiram ao chamamento dos professores e foram às ruas reivindicar reajuste salarial que há quase cinco anos não recebem. Servidores podem entrar em greve dia 23
Publicado: 16 Março, 2022 - 17h18 | Última modificação: 17 Março, 2022 - 09h37
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha
Servidores públicos de diversas categorias aderiram ao Dia de Mobilização Nacional da Educação convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e foram para as ruas das capitais do país reivindicar o pagamento do reajuste do piso do magistério de 33,24% no caso dos professores, e de 19,99% de aumento salarial aos demais funcionários que estão há quase cinco anos sem receber um centavo a mais no contracheque.
O funcionalismo público diz que se não houver negociação das pautas exigidas pelos servidores públicos federais, eles devem iniciar uma greve a partir do dia 23 de março.
Já os professores reivindicam dos governos estaduais e prefeituras o pagamento do reajuste do piso nacional do magistério (R$ 3.845,63 e 1/3 de jornada extraclasse). Além disso, a categoria pede a regulamentação do piso salarial dos profissionais da educação, valorização dos planos de carreira, concurso público, revogação da nova lei do ensino médio e pelo fim da militarização das escolas.
Confira como foram alguns atos
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, milhares de trabalhadoras e trabalhadores da rede pública de educação do estado se concentram na tarde desta quarta-feira (16) em Assembleia de Greve da categoria,e aprovaram a continuidade da greve pelo piso salarial da categoria.
Em Curitiba, Paraná, os servidores públicos realizaram um ato por salário digno e direitos. A projeção da defasagem da categoria em relação à data-base em maio deve chegar aos 34,5%.
Em Manaus, Amazonas, dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos saíram com carro de som e distribuíram panfletos nas portas das repartições. O A colocação de faixas foi impedida no INPA e no Incra.
Na capital do Rio Grande do Norte, Natal, houve uma assembleia unificada das redes estadual e municipais em que foi discutida o piso e a carreira dos professores, antes do ato #16M, que começou a partir das as 15 horas em frente à prefeitura local.
Em Salvador, Bahia, diversas entidades participam do Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Educação, com a paralisação nas escolas da rede estadual e municipal. No ato, os manifestantes destacaram a necessidade de uma educação indígena sendo pautada no ato. Aqui é dia de Mobilização e Paralisação nas escolas da rede estadual e municipal.
Na capital de Sergipe, Aracajú, o presidente da CUT estadual levou a solidariedade da entidade à luta do magistério. Os professores foram às ruas com apoio do Sindipema.se; Sindservpv; CNTE Brasil e da CUT Brasil.
No Piauí, a capital Teresina, amanheceu com os profissionais da educação mobilizados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Estado do Piauí-SINTE/PI. O ato teve início na Praça do Liceu às 8h e contou com o lançamento da Revista Mátria e a Cartilha Contra o Assédio Moral.
Durante o ato, que contou com a presença da Central Única dos Trabalhadores no Estado do Piauí (CUT), foram fortalecidas as bandeiras de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores da educação, e contra o assédio moral e sexual cometidos contra as mulheres.
No Recife, Pernambuco, o presidente da CUT -PE, Paulo Rocha, esteve presente pela manhã, no Ato Público de Luta e Mobilização dos Servidores Públicos Federais, por recomposição salarial, melhores condições de trabalho e contra o desmonte na máquina pública.
A atividade coordenada por Luiz Eustáquio do Sindsprev-PE, foi realizada na Praça da Independência, centro da capital, e contou com as participações do secretário-geral do Sindsep, Filipe Pereira e de Graciliano Gama, representante do Sindacs, além da apresentação da TV Sindical.
No início da tarde, um ato na Praça Alencastro foi realizado contra o desemprego, a fome, a carestia e as privatizações.
Em Fortaleza, Ceará, a manifestação foi pelo Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, em frente à MEAC/UFC
Os servidores saíram em defesa dos serviços públicos, contra a reforma administrativa e em campanha salarial.
No Espírito Santo, o SINDIUPES que representa a categoria decidiu por uma live, a partir das 19 horas desta quarta-feira (16), como forma de mobilização pelo cumprimento da Lei do Piso para o magistério.
Na capital do país, em Brasília, a pauta de reivindicações dos servidores incluiu o arquivamento da PEC 32, da reforma Administrativa, a revogação da Emenda Constitucional 95, do Teto de Gastos Públicos, o fortalecimento dos serviços públicos, além da recomposição salarial emergencial de 19,99% para as categorias que estão sem reajuste há quase cinco anos.
No Distrito Federal, a concentração do ato foi pela manhã, no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios.De lá, a categoria seguiu em marcha, rumo ao Ministério da Economia. Confira no vídeo.
O diretor da executiva nacional da CUT -DF, Ismael Cezar destacou que, de 2019 a 2021 ─ três anos do governo Bolsonaro, a categoria sofreu 19,99% de perdas inflacionarias. Só em 2021 o rombo foi de 10,74%, que corresponde ao IPCA do período.
No Mato Grosso do Sul os servidores saíram pelas ruas de diversas cidades, entre elas, Campo Grande e Dourados
Em João Pessoa, capital da Paraíba, o Presidente da CUT-PB Tião Santos encerrou o ato realizado na rampa da sede do Ministério da Economia que fica na cidade. A paralisação rumo à greve geral, foi promovida pelo Fórum dos Servidores Públicos Federais, filiada a CUT.
Confira aqui como foi o ato em Porto Alegre.