Escrito por: Redação CUT
Em diversos estados servidores públicos aderiram ao chamamento dos professores e foram às ruas reivindicar reajuste salarial que há quase cinco anos não recebem. Servidores podem entrar em greve dia 23
Servidores públicos de diversas categorias aderiram ao Dia de Mobilização Nacional da Educação convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e foram para as ruas das capitais do país reivindicar o pagamento do reajuste do piso do magistério de 33,24% no caso dos professores, e de 19,99% de aumento salarial aos demais funcionários que estão há quase cinco anos sem receber um centavo a mais no contracheque.
O funcionalismo público diz que se não houver negociação das pautas exigidas pelos servidores públicos federais, eles devem iniciar uma greve a partir do dia 23 de março.
Já os professores reivindicam dos governos estaduais e prefeituras o pagamento do reajuste do piso nacional do magistério (R$ 3.845,63 e 1/3 de jornada extraclasse). Além disso, a categoria pede a regulamentação do piso salarial dos profissionais da educação, valorização dos planos de carreira, concurso público, revogação da nova lei do ensino médio e pelo fim da militarização das escolas.
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, milhares de trabalhadoras e trabalhadores da rede pública de educação do estado se concentram na tarde desta quarta-feira (16) em Assembleia de Greve da categoria,e aprovaram a continuidade da greve pelo piso salarial da categoria.
Em Curitiba, Paraná, os servidores públicos realizaram um ato por salário digno e direitos. A projeção da defasagem da categoria em relação à data-base em maio deve chegar aos 34,5%.
Em Manaus, Amazonas, dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos saíram com carro de som e distribuíram panfletos nas portas das repartições. O A colocação de faixas foi impedida no INPA e no Incra.
Na capital do Rio Grande do Norte, Natal, houve uma assembleia unificada das redes estadual e municipais em que foi discutida o piso e a carreira dos professores, antes do ato #16M, que começou a partir das as 15 horas em frente à prefeitura local.
Em Salvador, Bahia, diversas entidades participam do Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Educação, com a paralisação nas escolas da rede estadual e municipal. No ato, os manifestantes destacaram a necessidade de uma educação indígena sendo pautada no ato. Aqui é dia de Mobilização e Paralisação nas escolas da rede estadual e municipal.
Na capital de Sergipe, Aracajú, o presidente da CUT estadual levou a solidariedade da entidade à luta do magistério. Os professores foram às ruas com apoio do Sindipema.se; Sindservpv; CNTE Brasil e da CUT Brasil.
No Piauí, a capital Teresina, amanheceu com os profissionais da educação mobilizados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Estado do Piauí-SINTE/PI. O ato teve início na Praça do Liceu às 8h e contou com o lançamento da Revista Mátria e a Cartilha Contra o Assédio Moral.
Durante o ato, que contou com a presença da Central Única dos Trabalhadores no Estado do Piauí (CUT), foram fortalecidas as bandeiras de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores da educação, e contra o assédio moral e sexual cometidos contra as mulheres.
No Recife, Pernambuco, o presidente da CUT -PE, Paulo Rocha, esteve presente pela manhã, no Ato Público de Luta e Mobilização dos Servidores Públicos Federais, por recomposição salarial, melhores condições de trabalho e contra o desmonte na máquina pública.
A atividade coordenada por Luiz Eustáquio do Sindsprev-PE, foi realizada na Praça da Independência, centro da capital, e contou com as participações do secretário-geral do Sindsep, Filipe Pereira e de Graciliano Gama, representante do Sindacs, além da apresentação da TV Sindical.
No início da tarde, um ato na Praça Alencastro foi realizado contra o desemprego, a fome, a carestia e as privatizações.
Em Fortaleza, Ceará, a manifestação foi pelo Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, em frente à MEAC/UFC
Os servidores saíram em defesa dos serviços públicos, contra a reforma administrativa e em campanha salarial.
No Espírito Santo, o SINDIUPES que representa a categoria decidiu por uma live, a partir das 19 horas desta quarta-feira (16), como forma de mobilização pelo cumprimento da Lei do Piso para o magistério.
Na capital do país, em Brasília, a pauta de reivindicações dos servidores incluiu o arquivamento da PEC 32, da reforma Administrativa, a revogação da Emenda Constitucional 95, do Teto de Gastos Públicos, o fortalecimento dos serviços públicos, além da recomposição salarial emergencial de 19,99% para as categorias que estão sem reajuste há quase cinco anos.
No Distrito Federal, a concentração do ato foi pela manhã, no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios.De lá, a categoria seguiu em marcha, rumo ao Ministério da Economia. Confira no vídeo.
O diretor da executiva nacional da CUT -DF, Ismael Cezar destacou que, de 2019 a 2021 ─ três anos do governo Bolsonaro, a categoria sofreu 19,99% de perdas inflacionarias. Só em 2021 o rombo foi de 10,74%, que corresponde ao IPCA do período.
No Mato Grosso do Sul os servidores saíram pelas ruas de diversas cidades, entre elas, Campo Grande e Dourados
Em João Pessoa, capital da Paraíba, o Presidente da CUT-PB Tião Santos encerrou o ato realizado na rampa da sede do Ministério da Economia que fica na cidade. A paralisação rumo à greve geral, foi promovida pelo Fórum dos Servidores Públicos Federais, filiada a CUT.
Confira aqui como foi o ato em Porto Alegre.