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Professores em risco: Doria decreta lockdown parcial e mantém escolas abertas

Decisão coloca professores em risco. De acordo com a Apeoesp, estado tem mais de 1.730 casos de professores infectados em 803 escolas do estado. Há dezenas de mortos, inclusive alunos

Publicado: 03 Março, 2021 - 10h45 | Última modificação: 03 Março, 2021 - 15h29

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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Com o estado de São Paulo vivendo o pior momento da pandemia do novo coronavírus, o governador João Doria (PSDB) anunciou na tarde desta quarta-feira (3) medidas mais restritivas de circulação, como lockdown parcial ou toque de recolher mais amplo para conter a transmissão acelerada do vírus, mas manteve as escolas funcionando, apesar das mortes de professores terem aumentado.

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Uma das vítimas da rebaertura das escolas é o professor Rodrigo Andrade, 39 anos, coordenador na Escola Estadual Prof. Odair Pedroso, de Cotia (SP), que trabalhou presencialmente até terça-feira da semana passada, quando se afastou devido à doença, segundo postagem feita nesta terça-feira (2) em uma rede social do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo. "A escola já teve vários casos de pessoas que testaram positivo e, ainda assim, segue funcionando com aulas presenciais", diz a postagem.

"Seguimos ainda mais indignados na luta para que o governo de São Paulo cancele a irresponsável política de aulas presenciais e para que o prefeito de Cotia incorpore as escolas estaduais ao decreto", segue a entidade.

Com mais de 1.730 casos de professores infectados em 805 escolas e dezenas de mortos, a Apeoesp, que lidera uma greve contra a volta às aulas presenciais, lançou um apelo pela vida.

“Ajude-nos a pressionar o Governo Estadual pelo fechamento das escolas estaduais, como forma de prevenção, em defesa da vida, enquanto a comunidade escolar não estiver segura. E para que todos os profissionais da educação sejam vacinados contra a Covid-19 já na primeira fase da vacinação”, diz abertura de abaixo-assinado publicado no site da entidade.

“A saúde de nossas crianças, de toda comunidade escolar e mesmo da sociedade em geral depende disso!”, diz outro trecho do abaixo-assinado, que também clama por #VacinaJá para todos os profissionais da Educação.

Mais vidas perdidas na comunidade escolar

A professora Maria Tereza Miguel Couto de Lourenço, de 32 anos, que dava aulas na escola estadual de tempo integral Ministro José de Moura Rezende, em Caçapava (SP) morreu no dia vinte de fevereiro em decorrência da Covid-19. Já na cidade de Campinas, Ana Clara Macedo dos Santos, do 8° Ano, morreu com apenas 13 anos, nesta quinta-feira (25), ao contrair o vírus no colégio Raquel de Queiroz.

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Nesta terça-feira (2), São Paulo registrou o maior número de mortes por Covid-19 em 24 horas desde o fevereiro do ano passado, com 468 vidas perdidas. O total de mortes no estado chegou a 60.014 e o de casos confirmados a 2.054.867 durante toda a pandemia.

Apesar deste cenário, em entrevista à CNN Brasil, Edson Aparecido, secretário Municipal da Saúde disse que a tendência é de que as escolas continuem funcionando na cidade. Já o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, acenou com a possibilidade de suspender as aulas presenciais e a reação no Palácio dos Bandeirantes não foi muito boa. Foi forçado a divulgar nota dizendo que essa era sua opinião pessoal.

A volta das aulas presenciais foi autorizada em todo o estado desde o dia 8 de fevereiro. Na rede municipal da capital paulista, a volta começou no dia 15 e na rede privada, desde janeiro.