Escrito por: Pedro Carrano | BdF Curitiba (PR)

Professores municipais de Curitiba anunciam greve em agosto

O motivo é a insatisfação do magistério com o projeto de Plano de Carreiras apresentado pela prefeitura

Pedro Carrano
Diretor do sindicato, João Paulo da Silva defende mobilização com a categoria e com a comunidade

Professores municipais, organizados no Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), aprovam assembleia indicativo de greve para o dia 8 de agosto, após o retorno das férias na rede municipal.

O motivo é a insatisfação do magistério com o projeto de Plano de Carreiras apresentado pela prefeitura. De acordo com a entidade sindical, mesmo com as alterações, a proposta de Greca (PSD) limita a possibilidade de crescimento na carreira. Para o sindicato, cerca de 80% do magistério ficaria excluído no chamado crescimento horizontal (a partir de avaliações).

Bem como o crescimento vertical (formação e especialização na carreira), na proposta oficial, excluiria 95% do magistério.

“Há professoras que podem se aposentar e há dez anos estão se progredir na carreira. Estamos nos organizando para mostrar à sociedade falas de nossas professoras que são mulheres, arrimo de família, que recebem uma remuneração média em torno de 3 mil”, explica o diretor do sindicato, João Paulo da Silva.

No dia 26 de junho, de acordo com o sindicato, completaram-se seis anos da aplicação do chamado pacotaço de Rafael Greca contra os servidores públicos. Todo esse período, portanto, significa seis anos de congelamento na carreira. Com a pandemia, de acordo com João, muitas professoras tornaram-se arrimo de família, uma vez que companheiros perderam o emprego.

“Vamos pressionar e esperamos que não aconteça o mesmo que em 2017 (episódio de repressão na votação do pacotaço na Ópera de Arame”, reflete Silva.

Com informações de Brasil de Fato Paraná