Professores municipais de Rio Grande param contra medidas que atacam educação
As diferenças não estavam apenas no tipo de transporte utilizado para se deslocarem para o protesto
Publicado: 10 Maio, 2022 - 16h10
Escrito por: CUT RS
Profissionais da educação municipal, estudantes e familiares de alunos fizeram uma manifestação nesta segunda-feira (9) na Câmara de Vereadores do Rio Grande contra medidas tomadas pela Secretaria de Município da Educação (SMEd) em 2022.
O ato iniciou por volta das 13h30 no Largo Dr. Pio e seguiu até a casa legislativa, onde foi entregue um ofício que explica as principais reivindicações. Aproximadamente 90% da categoria aderiu à paralisação, de acordo com levantamento realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município do Rio Grande (Sinterg).
O dia 9 de maio foi escolhido como Dia de Paralisação da Educação Municipal pelo Conselho do Sinterg – em assembleia no final de abril. As pessoas que participaram da manifestação vieram de diferentes regiões da cidade – de carro, de ônibus, de bicicleta e a pé – para chamar a atenção da população e dos vereadores para a atual situação da educação no município.
As diferenças não estavam apenas no tipo de transporte utilizado para se deslocarem para o protesto. O Dia de Paralisação reuniu pessoas como a professora aposentada, Shirley Medina, de 70 anos, e o estudante do EJA Bruno Zambrano, de 30 anos, que retomou os estudos após 19 anos longe da escola.
As principais pautas que fizeram a categoria, assim como Shirley e Bruno, paralisar as atividades e protestar tem relação com a ordem de serviço da SMEd 02/2022, como o aumento do número de bebês por professora no berçário e a desobediência a hora-atividade de 6h40.
Além disso, entre as outras pautas estão os sucessivos erros na folha de pagamento; o descumprimento de decisões judiciais; a falta de monitores, auxiliares e professores; a falta de pagamento de convocações, do piso salarial do magistério e da última reposição salarial. Todas as reivindicações contidas no ofício entregue aos vereadores.
O presidente da Casa, o vereador Paulo Roberto Roldão, suspendeu a sessão ordinária que ocorria e permitiu que a coordenadora-geral do Sinterg, Suzi Barros, falasse livremente para os presentes sobre o motivo da manifestação. Por cerca de 15 minutos, a professora explicou as dificuldades vividas neste ano.