Projeto de Rogério Carvalho que reduz preço dos combustíveis avança no Senado
Senador petista quer acabar com Política de Preços de Paridade de Importação (PPI) para evitar que consumidor brasileiro pague em dólar pelos combustíveis e o gás de cozinha
Publicado: 09 Novembro, 2021 - 15h55 | Última modificação: 18 Novembro, 2021 - 11h55
Escrito por: Redação CUT
A proposta do senador Rogério Carvalho (PT-SE), para reduzir o preço dos produtos derivados do petróleo no Brasil, avança no Senado Federal. Nesta terça-feira (9), o senador Jean Paulo Prates (PT-RN) foi designado relator do Projeto de Lei 1.472/2021, que deve ser analisado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na próxima semana.
O projeto estabelece diretrizes para definição da composição dos preços da Petrobras, com impacto direto no valor final de produtos como gasolina, botijão de gás e óleo diesel. A estimativa é que, caso a iniciativa seja aprovada, o valor da gasolina seja em média de R$ 5 por litro e do botijão de gás de RS 65.
“É hora de trazer o preço do nosso gás e gasolina para o mundo real. Não queremos controlar preços, mas não é admissível que o povo continue pagando preços abusivos na gasolina, no gás de cozinha e em outros produtos, enquanto apenas acionistas minoritários da Petrobras lucram”, afirma o senador Rogério Carvalho.
Desde o governo de Michel Temer (MDB-SP), a Petrobras optou por uma política de preços que considera na composição do valor final dos derivados do petróleo, as cotações do dólar e internacional do barril. Essa estratégia privilegia o lucro dos acionistas e leva a constantes reajustes no valor dos combustíveis no mercado interno. Só este ano a Petrobras já aumentou 11 vezes os preços da gasolina e nove vezes os do diesel. No acumulado de 2020, a gasolina subiu 74%, e o diesel, 64,7%.
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CONVOCAÇÃO
Ainda nesta terça-feira (9), a CAE aprovou um convite para que os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o da Economia, Paulo Guedes, além do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, prestem informações sobre os sucessivos aumentos de preços dos combustíveis no país.
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