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Proposta patronal é rejeitada e greve de pilotos e comissários entra no 5º dia

Em votação online, os aeronautas rejeitaram a proposta para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2022/23, com 59.25% de votos contrários e greve continua, das 6h às 8h, em 9 aeroportos

Publicado: 23 Dezembro, 2022 - 09h11 | Última modificação: 23 Dezembro, 2022 - 09h24

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Reprodução/SNA
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Em votação online, realizada na noite desta quinta-feira (22), os pilotos e comissários de voo rejeitaram a proposta patronal para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2022/23 e mantiveram a greve, que entra no quinto dia nesta sexta, por reajuste de salários e melhores condições de trabalho.

A greve por tempo indeterminado, está sendo realizada das 6h às 8h, nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Viracopos, Galeão, Santos Dumont, Porto Alegre, Confins, Brasília e Fortaleza.

Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), participaram da votação 5.884 trabalhadores e trabalhadoras. Do total, 59,25% votaram contra a proposta, 40,02% a favor e 0,73% se abstiveram.

Proposta recusada e reivindicação da categoria

A proposta recusada pelos aeronautas foi medida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa os patrões, propôs reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 1% sobre diárias nacionais, piso salarial, seguro, multa por descumprimento da CCT e aumento do valor do vale-refeição. Os reajustes não incidem sobre diárias internacionais, que são pagas em dólares, euros ou libras.

Os aeronautas reivindicam reajuste salarial com reposição da inflação dos últimos 12 meses (cerca de 5,9%) mais aumento real de 5%.

A categoria também reivindica que as empresas “respeitem os horários de início e de término das folgas e que não programem jornadas de trabalho de mais de três horas em solo entre duas etapas de voo”.

Situação dos aeroportos

Por volta das 7h40 desta sexta, entre os nove aeroportos nos quais estavam previstas paralisações, já havia registros de atrasos em Congonhas (São Paulo; 4 voos), Santos Dumont (Rio; 8 voos), Fortaleza (1 voo) e Porto Alegre (1 voo), além de voos cancelados em Congonhas (7 voos), Santos Dumont (4 voos), Porto Alegre (3 voos), Confins (Belo Horizonte; 1 voo) e Viracopos (Campinas-SP; 1 voo), segundo levantamento do Estadão. Os Aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, Rio-Galeão e Brasília não registravam atrasos ou cancelamentos, diz o jornal.