Escrito por: Érica Aragão
Organizada pela CUT, centrais e movimentos sociais, a mobilização nacional teve como objetivo dialogar com a população sobre medida de Bolsonaro e Guedes que acaba com serviços e servidores públicos
Não à reforma Administrativa e em defesa do Auxílio Emergencial até o fim da pandemia do novo coronavírus foram algumas das reivindicações estampadas em faixas e cartazes nos protestos que aconteceram em diversas cidades brasileiras nesta quinta-feira (10), Dia nacional de Luta em Defesa do Serviço Público.
Organizados pela CUT, demais centrais e frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, e respeitando todos os protocolos de segurança e distanciamento social para evitar a disseminação do novo coronavírus, os atos, carreatas, panfletagens, faixaços, intervenções culturais e campanhas digitais tiveram como objetivos denunciar mais ataques do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) à população brasileira.
As principais denúncias feitas nas mobilizações foram a reforma, que pode acabar com os serviços e servidores públicos, e o fim do auxílio emergencial mesmo com o país todo sofrendo mais uma vez com o aumento de casos e mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
“Hoje é dia de luta para reivindicar a manutenção do auxílio emergencial neste momento da pandemia para que muitas pessoas possam ter recursos para sobreviver. E estamos aqui para dizer que a reforma administrativa só vem prejudicar os servidores públicos e a população e que as estatais são nossos patrimônios e importante para soberania. Não podemos ficar calados”, disse o Secretário-Ajunto de Comunicação da CUT, Admirson Medeiros, o Greg, no ato em Recife.
A Secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida Silva, também estava na ponte da Boa Vista, no centro da capital pernambucana, e complementou: “Esta reforma administrativa quer acabar com estrutura de serviço público e ainda na pandemia. Não dá para este governo fazer o que quer”.
A CUT Mato Grosso do Sul lançou um vídeo neste dia 10 “querem rasgar os seus direitos” para explicar o que de fato é esta reforma administrativa. [continuação do texto, depois do vídeo]
As entidades sindicais ligadas à CUT e demais centrais em Alagoas resolveram que não dava pra ir às ruas, devido a situação. Então centraram suas atividades através das redes sociais e uma mobilização com carros de som aconteceu na capital, Maceió.
“Hoje é o dia nacional de luta em defesa do serviço público no nosso Brasil. Defender esses serviços é defender as políticas essenciais para nossa vida. Defender o Sistema Único de Saúde é defender a maior ferramenta de combate ao Novo Coronavírus. A luta de hoje é uma luta permanente, e precisamos estar juntos para defender o Brasil”, disse a presidenta da CUT Alagoas, Rilda Alves.
No Distrito Federal, nas primeiras horas do dia, dirigentes da CUT, do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) e do Partido dos Trabalhadores (PT) fizeram um faixaço próximo a rodoviária da capital federal. Teve faixa no farol e no viaduto. O presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues deu seu recado: “Nenhum passo atrás, direitos não se mexe”.
O protesto teve como objetivo denunciar Bolsonaro e o governador do estado, Ibaneis Rocha (MDB), que também não para de atacar os direitos dos trabalhadores. A mobilização também fez uma dura crítica à reforma administrativa e ao projeto de privatizações de empresas públicas em curso em todo o país.
Na Paraíba o ato aconteceu em Campina Grande, na Praça da Bandeira. Com faixas da CUT e mantendo o distanciamento social, os manifestantes dialogaram com a população sobre os prejuízos da reforma administrativa para todos e todas e ainda explicaram a importância da luta para manter o auxílio emergencial até o fim da pandemia.
Na Praça do Ferreira, em Fortaleza, os manifestantes colocaram um faixa “em defesa da vida, mais serviços públicos” e o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira disse para a população que o que Bolsonaro está fazendo é um balcão de negócios com esta reforma administrativa.
“Eles querem privatizar tudo”, denunciou o dirigente, que complementou: “Vamos lutar em todos os cantos do Ceará pela manutenção do auxílio emergencial aprovado com apoio da oposição do governo. A situação que o país vive não dá para tirar este auxílio do povo, que precisa comer”, disse Will.
A concentração dos pernambucanos foi às 9h na Avenida Conde da Boa Vista com Rua da Soledade, no Recife. A mobilização foi contra a Reforma Administrativa de Bolsonaro, em defesa dos serviços públicos e das estatais e pela manutenção do auxílio emergencial.
O ato Simbólico reuniu centrais sindicais e movimentos sociais. Apesar de muito calor, a classe trabalhadora está mobilizada contra os retrocessos e medidas do governo Bolsonaro.
“Esta reforma não é para combater privilégio é para atacar com serviço público e prejudica a sociedade e é bom lembrar que até 1988 só tinha direito a serviço de saúde quem estava empregado de carteira assinada. Eles querem acabar com os serviços públicos e nós não podemos deixar”, afirmou o presidente da CUT Pernanbuco, Paulo Rocha.
Para marcar o dia nacional de luta em defesa do serviço público, representantes dos movimentos sindical e social realizaram um ato simbólico em Florianópolis na manhã desta quinta.
As lideranças se reuniram em frente ao Centro Administrativo do Governo do Estado com faixas contra a Reforma Administrativa, em defesa do serviço público e pelo fim do Governo Bolsonaro.
Na mobilização, foi entregue uma carta, assinada por 57 entidades, destinada ao Governador de SC, Carlos Moisés, reforçando a importância de fortalecer os serviços públicos e cobrando medidas para conter o avanço da pandemia. Como o governador estava em agenda externa, a carta foi entregue a uma representante do governo.
A mobilização em São Paulo aconteceu no centro da cidade, em frente a prefeitura. Os manifestantes panfletaram e falaram com a população dos perigos do PLP 101/20, que endurece normas do Plano de Auxílio Fiscal aos Estados e ataca diretamente aos servidores públicos.
Em Sergipe, o ato aconteceu em frente à Universidade Federal de Sergipe (UFS), que é uma das 18 universidades brasileiras que estão sob intervenção do Governo Bolsonaro. As reivindicações dos manifestantes são a defesa da autonomia universitária, do Serviço Público e contra a Reforma Administrativa.
A partir das 10 horas os manifestantes em Rondonia fizeram faixaço em frente ao Centro Político-Administrativo do Governo de Rondônia (CPA) e depois seguiram pra a Assembleia Legislativa. Após o término da ação, as faixas foram fixadas em frente as respectivos prédios. O protesto continuou nas mídias digitais.
Ato dos servidores públicos do RS contra a reforma administrativa de Bolsonaro e a PEC do teto estadual de gastos do governador Eduardo Leite no centro de Porto Alegre.
O ato em Defesa dos Serviços Públicos e Contra Reforma Administrativa aconteceu na Praça Alecanstro, em Cuiabá.
Os dirigentes sindicais da CUT e da Federação dos Trabalhadores da Educação no Mato Grosso do Sul (FETEMS) fizeram um campanha digital, nas redes sociais com objetivo de ampliar a luta contra a reforma administrativa: querem rasgar seus direitos
A Secretária-Adjunta de Formação da CUT, Sueli Veiga, que também é dirigente da FETEMS, gravou um vídeo sobre mais este ataque de Bolsonaro à classe trabalhadora.
“Estamos na defesa dos serviços e dos servidores públicos!”, finaliza a dirigente.