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PT pede à militância que vá às ruas defender o legado de Lula

Depois de visitar Lula, Gleisi pede que militância defenda legado e inocência do ex-presidente. Já Haddad, diz que Lula está bem e pronto para concorrer nas eleições e tirar o país dessa situação crítica

Publicado: 17 Maio, 2018 - 20h02

Escrito por: Rosely Rocha, especial para Portal CUT

Ricardo Stuckert
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Depois de visitar o ex-presidente Lula, mantido  preso político há 40 dias na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), nesta quinta-feira (17), a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, pediram a militância que ocupe as ruas e faça a defesa de Lula e reafirmaram que a decisão de Lula de concorrer para tirar o país dessa situação crítica.

Em entrevista no Acampamento Lula Livre, Gleisi contou que o ex-presidente está agradecido com a solidariedade dos acampados e dos que enviam cartas a ele, mas que é preciso defender o seu legado em todo o país.

“Peguem um megafone, panfletos, materiais e vão às ruas de seus bairros e falem pra população, para os seus amigos que Lula é inocente, que ele pode concorrer à presidência e fará um governo ainda melhor”, conclamou Gleisi.

Segundo a presidenta do PT, a direita tem espalhado boatos de que Lula não poderá concorrer à presidência por causa da Lei da Ficha Limpa.

“Isto não é verdade. Na última eleição, 135 prefeitos concorrem aos cargos e estavam com os seus nomes na Ficha Limpa, um deles [Walter Tenan, do MDB de Porecatu (PR)] -  estava preso e foi eleito”, lembrou Gleisi.

A senadora disse aos acampados que Lula está bem fisicamente, que pratica uma hora e meia de esteira diariamente e o que mais a surpreende quando o vê é a disposição de Lula em provar a sua  inocência e voltar à presidência para retomar a esperança e a dignidade do povo brasileiro. Ela também disse que Lula se recusa a receber um indulto, que segundo ele é para ‘culpados’ e ele é inocente.

Já sobre a eleição presidencial, Lula discutiu com Fernando Haddad os rumos da campanha e as diretrizes de um plano de governo para um terceiro mandato que traga a esperança e orgulho do brasileiro de volta.

“Essa é a minha primeira visita a Lula e estou impressionado com a sua disposição em contribuir para fazer um país melhor”, disse Haddad, explicando que a intenção de sua visita foi de escutar recomendações em relação à campanha eleitoral.

“Foi uma reiteração. Ele quer um plano de governo ousado, quer fazer mais do que já fez. Está disposto e desejoso de ver o Brasil reverter o quadro atual, de reaver a capacidade de sonhar. Será ousado, na linha do que foram seus vitoriosos governos. Saio animado e convicto que estamos diante de alguém incomum. Ele tem uma disposição incrível para contribuir com o destino do país”.

Lula reafirmou a sua decisão de concorrer para tirar o país dessa situação crítica
- Fernando Haddad

Sobre alianças com outros partidos, tanto Haddad quanto Gleisi disseram que esse debate não existe no PT, o que não impede diferentes candidaturas. “Lula recomendou a manter o debate com demais partidos. Ele quer, inclusive, boas ideias de gente como o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) e de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB)”, falou Hadadd, que complementou: “Disse pra ele que pretendo, entre junho e julho, fazer uma viagem aos estados progressistas para incorporar no plano de Lula vitrines estaduais que podem ser nacionalizadas”.

Segundo Haddad, Lula defendeu ainda um bloco de esquerda para as próximas eleições. O ex- presidente disse que todos os partidos têm direito a lançar um candidato, e no segundo turno, a frente progressista apoiaria quem teve mais votos.