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PT pede que PGR apure caso do ex-assessor da família Bolsonaro

Para parlamentares do PT há indícios de corrupção passiva, formação de quadrilha, contratação de funcionário fantasma, entre outros crimes, que podem ter sido praticados pelas famílias Bolsonaro e Queiroz

Publicado: 15 Janeiro, 2019 - 16h00 | Última modificação: 15 Janeiro, 2019 - 16h08

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o senador Humberto Costa (PT-PE) e cinco deputados federais do partido entraram com representação nessa segunda-feira (14) junto a Procuradoria Geral da República (PGR) cobrando a apuração sobre os possíveis atos ilícitos cometidos pela família Bolsonaro, no caso do  ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz e sua filha, a personal trainer, Nathalia Queiroz.

Na ação, os parlamentares citam as informações do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), do Ministério da Fazenda, e as apurações do Ministério Público do Rio de Janeiro, que, segundo eles, apontam que há “indícios de condutas que podem se adequar a fatos tipificados em nossa legislação penal", como corrupção passiva, formação de quadrilha, abandono de função (crime dos funcionários "fantasmas"), entre outros, por parte da família Bolsonaro e seu ex-assessor.

Segundo relatório do COAF, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão, valores considerados atípicos e incompatíveis com o seu rendimento. Além disso, entre as movimentações financeiras suspeitas, está o depósito de R$ 24 mil na conta de Michele Bolsonaro, esposa de Jair Bolsonaro. O relatório do COAF também foi protocolado junto à PGR.

Os parlamentares também citam as suspeitas lançadas sobre a filha do ex-assessor, Nathalia Queiroz, que trabalhava como personal trainer em horário comercial na mesma época em que estava nomeada no gabinete parlamentar do atual presidente.

Nathalia figura ainda no mesmo relatório do COAF e teria repassado ao pai R$ 84 mil, que também recebia depósitos de outros funcionários dos gabinetes de Jair e de Flávio Bolsonaro, este, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

"Os fatos apontam para indícios de lesão ao erário, sobretudo, se não comprovada a efetiva prestação de serviços por parte da Sra. Nathalia Queiroz, o que ainda pode revelar envolvimento em condutas ainda mais graves", diz a representação.

Os deputados que assinam a representação são Arlindo Chinaglia (PT-SP), Carlos Zarattini (PT-SP), Enio Verri (PT-PR), Paulo Teixeira (PT-SP) e Rui Falcão (PT-SP).

Com informações: Brasil 247