Escrito por: Fisenge
Prêmio foi dado pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
A série de quadrinhos Engenheira Eugênia, da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), foi a primeira colocada na categoria Cidadã, da sétima edição do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos, da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, em decisão do júri divulgada nesta quarta-feira, 9 de novembro. De acordo com o regulamento da premiação, o vencedor de cada categoria receberá uma estatueta inspirada estatueta inspirada no “Cilindro de Ciro” e um prêmio de R$ 10 mil. A cerimônia de premiação será em 24 de novembro, no Museu de Arte (MAR) do Rio de Janeiro.
A diretora da Mulher e engenheira química, Simone Baía, escreveu um texto para agradecer o prêmio. Confira:
“Esse é um prêmio dedicado a todas as mulheres”, afirma Simone Baía
Ganhamos! Um prêmio por, pelas e para as mulheres! A Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) venceu, em primeiro lugar na categoria “Cidadã” do 7º Prêmio Anamatra de Direitos Humanos, com as histórias em quadrinhos da Engenheira Eugênia. Nessa edição, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho recebeu 188 inscrições. O projeto “Engenheira Eugênia” surgiu, no dia internacional da mulher (8/3) de 2013, com o objetivo de pautar questões sobre direitos humanos. Os quadrinhos já retrataram temas direitos trabalhistas e sociais, como privatizações, terceirizações, racismo, transfobia, violência, entre outros. Também foi formulada para problematizar questões de gênero numa categoria majoritariamente masculina e ampliar o debate para toda a sociedade. A personagem Eugenia é uma mulher negra, engenheira de 40 anos com 15 de trabalho em uma empresa pública, é recém-divorciada e tem dois filhos: uma pré-adolescente e um menino de 9 anos. Esta é uma das ações do Coletivo de Mulheres da Fisenge organizado por engenheiras de 12 sindicatos no país (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte (exclusivamente de agrônomos), Rondônia, Santa Catarina (exclusivamente de agrônomos), Sergipe e no município de Volta Redonda (RJ).
Receber esse prêmio demonstra a importância da disputa de narrativas em todos os espaços, nas ruas, nos locais de trabalho e também na comunicação. A Fisenge investe na comunicação sindical como um dos pilares estratégicos de sua organização. Nós, mulheres, nos apropriamos das novas formas de comunicação para pautar questões de gênero e de toda a sociedade. E, principalmente, promover empoderamento, pertencimento e visibilidade dos direitos das mulheres. Construímos, ao lado de uma equipe de trabalhadores de comunicação da Fisenge, uma narrativa inclusiva que se propõe a fortalecer o diálogo e o avanço da luta de todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores.
Ao contrário da mídia privada, a nossa comunicação sindical tem o cuidado de promover o protagonismo das mulheres, garantindo representatividade em falas, imagens, vídeos, fotografias, quadrinhos e campanhas. Esse não é um prêmio apenas da Fisenge. É um prêmio dedicado a todas as mulheres desse país. Brasileiras que lutam todos os dias em seus lares, nas universidades, nas escolas, no mercado de trabalho e nas ruas. Brasileiras que enfrentam combates sistemáticos e diários. Combates que exigem sacrifícios nas famílias, vida pessoal, acadêmica e profissional. Sacrifícios que são frutos da generosidade do sonho de mulheres pelo fim das violências físicas e simbólicas, pelo fim do machismo e pela aspiração de uma sociedade fraterna, solidária e igualitária. A nossa luta é todo dia. Muito obrigada a todas as mulheres, ao Coletivo de Mulheres da Fisenge, a todos os trabalhadores e trabalhadoras da Federação, à Diretoria da Fisenge e a todas as pessoas que acreditaram e acreditam no nosso projeto. Muito obrigada!