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Quarta onda e ômicron levam Europa a discutir obrigatoriedade da vacinação

O futuro chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou que a culpa da piora da pandemia de Covid-19 no país é “dos não vacinados”

Publicado: 02 Dezembro, 2021 - 12h34 | Última modificação: 02 Dezembro, 2021 - 12h48

Escrito por: Redação CUT

Roberto Parizotti/CUT
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Com o surto da quarta onda de Covid-19 e o avanço da variante ômicron, a Europa estuda tornar a vacinação obrigatória. Na Alemanha, governadores dos 16 estados debatem a atual situação da pandemia de Covid-19 e quais medidas devem ser tomadas nos próximos dias para conter o avanço da pandemia. Uma delas, defendida pelo futuro chanceler, Olaf Scholz, na terça-feira (30), é a vacinação obrigatória geral. Ele  culpou os não vacinados pelo agravamento da crise sanitária no país. Na Alemanha, que registra recorde de casos de Covid-19, o percentual de pessoas vacinadas  estacionou há dias em torno de 68% - a meta do governo é de 75% da população imunizada.

O aumento de casos de Covid-19 não atinge só a Alemanha. Diversos países da Europa já estão com sobrecarga no sistema de saúde. O presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quarta-feira (1º) que o uso obrigatório da vacinação e demais medidas que serão anunciadas nos próximos dias é para defender a população da União Europeia.

Nesta terça-feira (30), a Grécia saiu na frente e passou a multar residentes de 60 anos ou mais que não se imunizarem até 16 de janeiro. A Áustria também pretende tornar compulsória a vacina anti-Covid a partir de fevereiro.

Casos de gripe sobem em Rio e São Paulo

Casos de síndrome respiratória dispararam nos últimos dias no Rio de Janeiro e em São Paulo. O  alerta já tinha sido feito pelos especialistas após a flexibilização das medidas contra o coronavírus e a volta às aulas de forma presencial, que facilitam a circulação de outros vírus.

Em São Paulo, em alguns prontos-socorros da capital paulista foi observada uma alta na procura por conta de viroses respiratórias. Os sintomas se assemelham ao de um quadro gripal.

O vírus influenza, causador da gripe, é um dos culpados, mas não o maior. Após a flexibilização do uso de máscara no Rio de Janeiro, cresceu nos prontos-socorros o número de pacientes que chegam com sintomas de gripes e infecções respiratórias.

Mas esse não é apenas um caso do RJ e SP. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o número de internações por síndrome respiratória no Brasil voltou a crescer depois de um período de estabilidade.

O número passou de 6 mil casos no fim de outubro para 6.600 na última semana de novembro, num salto de 10%. O salto maior se deu na faixa dos 10 aos 19 anos (crescimento de 50%), dos 20 aos 29 anos (47%). Dos 30 aos 59 anos, o salto foi de cerca de 30%.

Casos e mortes no Brasil

Nesta quarta, o Brasil registrou 283 mortes em 24 horas, totalizando 614.964 vidas perdidas desde o início da pandemia no ano passado.

No mesmo período, foram registrados 11.413 novos casos de Covid-19, totalizando 22.105.872 infecções confirmadas desde março de 2020.

As médias móveis de óbitos e de infecções ficaram em 232 e 8.966, respectivamente, de acordo com os dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).