Quase 190 mil famílias estão ameaçadas de despejo no país
Entre março de 2020 a setembro de 2022, o percentual de famílias ameaçadas de despejo aumentou 901%
Publicado: 09 Fevereiro, 2023 - 09h30 | Última modificação: 09 Fevereiro, 2023 - 09h46
Escrito por: Redação CUT
Entre março de 2020 a setembro de 2022, aumentou em 901%, o percentual de famílias brasileiras ameaçadas de despejo. São quase 190 mil famílias correndo o risco de não ter onde morar.
No mesmo período, o percentual de despejos aumentou 453%. Em março de 2020, havia 6.373 famílias despejadas, em setembro de 2022 subiu para mais de 35 mil.
Os dados foram divulgados pela Campanha Despejo Zero e foram divulgados pelo Congresso em Foco. A campanha é apoiada pela Cúpula dos Povos e mais 175 outras organizações da sociedade, que lançou nesta semana o Mapeamento Nacional de Conflitos pela Terra e Moradia, uma plataforma colaborativa que permite o mapeamento permanente dos conflitos.
Segundo um dos coordenadores da campanha, Marcelo Braga Edmundo, o quadro se agravou depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, decidiu, em novembro de 2022, não prorrogar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828, instrumento de Lei que proibia despejos durante a pandemia.
“Embora a pandemia tenha arrefecido, a situação das famílias ainda é muito grave e isso se reflete no aumento do número de pessoas vivendo nas ruas por todas as Cidades”, argumenta o coordenador da campanha.