Escrito por: Redação RBA

Quase metade dos eleitores reprova governo. Apoio é maior entre mais ricos

Reprovação diminuiu, mas é a segunda maior na comparação com outros governos. E duas vezes mais alta que a de Lula em igual período

Arte/Edson Rimonatto

A reprovação ao governo de Jair Bolsonaro (PL) está agora em 46%, segundo o instituto Datafolha, ante 53% em dezembro, e próxima à registrada um ano atrás (44%). A aprovação oscilou dentro da margem de erro, de 22% para 25%. Já os que avaliam o governo como regular foram de 24% para 28%, enquanto 1% não soube responder.

Os dados são da pesquisa Datafolha sobre intenções de voto e avaliação do governo, divulgada nesta quinta-feira (24).

De acordo com a pesquisa, apesar de ter caído, a reprovação de Bolsonaro só perde para a do ex-presidente José Sarney em período similar. É, por exemplo, duas vezes maior que a de igual período do governo Lula (46% a 23%).

Entre eleitores que ganham até dois salários mínimos, o atual presidente só é bom para 19%, pequena variação ante dezembro (17%). E é considerado ruim ou péssimo para 49%. A reprovação sobe a 52% no Nordeste, a 51% para quem tem curso superior e a 54% entre assalariados sem registro e desempregados. Na outra ponta, a aprovação vai a 44% entre empresários. 

No universo de eleitores que ganham de cinco a 10 salários mínimos, a aprovação é também um pouco maior que a média: 36%. Entre os que recebem mais de 10 mínimos, vai a 37%. Fica em 32% na região Sul, em 31% entre eleitores que têm de 45 a 49 anos e 32% na faixa a partir de 60 anos. Sua avaliação melhorou entre os evangélicos e foi a 35%.

A pesquisa de intenção de votos mostra que Bolsonaro segue sendo candidato de eleitores de maior poder aquisitivo. Ele sobe para 38% entre aqueles que ganham de cinco a 10 salários mínimos e vai a 39% na faixa acima de 10 mínimos. Lula vai a 51% entre os mais pobres e atinge 55% na região Nordeste. O melhor desempenho do atual presidente é no Sul (33%).

O Datafolha informou ter ouvido 2.556 eleitores em 181 cidades, terça-feira e ontem (22 e 23). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08967/2022