Escrito por: Redação CUT
A maioria (24%) ficou inadimplente porque foi demitido do emprego e não conseguiu mais pagar as dívidas
Quatro em cada dez jovens brasileiros (37%) já estiveram com o nome negativado. O principal motivo é o desemprego (24%), que atinge a taxa de 30% entre os jovens. Em segundo lugar, está o não planejamento dos gastos, gastaram mais do que podiam (21%) e, em terceiro, estão os que emprestaram o nome para familiares ou amigos fazerem crediários ou empréstimos (20%).
Os dados são de uma pesquisa inédita da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), divulgados nesta segunda-feira (6).
Dos entrevistados, 78% possuem alguma fonte de renda, sendo que 65% afirmam contribuir financeiramente para o sustento da casa. O principal comprometimento é com a alimentação (51%). A pesquisa ouviu 801 jovens de ambos os sexos, de 18 a 24 anos de todo o Brasil, entre 20 de fevereiro e 6 de março.
A pesquisa que avaliou hábitos de gestão das finanças pessoais de jovens integra o convênio Políticas Públicas 4.0 (PP 4.0), firmado entre o Sistema CNDL e o Sebrae, e pretende coletar informações para elaborar propostas de políticas públicas que contribuam com a melhoria do ambiente de negócios no país e, consequentemente, apoiem o desenvolvimento do varejo.
Dados da pesquisa mostram que, entre as dívidas de longo prazo, 26% dos jovens que se declaram endividados estão comprometidos com pagamentos de crediários e carnês, 21% têm parte do orçamento destinado à amortização de empréstimos pessoais e consignados e outros 21% tentam quitar as parcelas de financiamento para automóveis. “O que identificamos é que, com a crise, eles precisam ajudar em casa e acabam se enrolando com esses gastos de longo prazo”, afirma Daniel Sakamoto, gerente de projetos da CNDL.