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Queda brusca da umidade relativa do ar: Saiba o que fazer para proteger sua saúde

São Paulo pode registrar 15% de umidade nesta quarta e nesta quinta-feiras, quando o ideal é entre 50% e 60%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS )

Publicado: 24 Agosto, 2021 - 13h22 | Última modificação: 24 Agosto, 2021 - 13h32

Escrito por: Redação CUT

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A umidade relativa do ar, que já vem caindo há algum tempo em todo o país, chegou a menos de 25% em alguns bairros da capital de São Paulo  na tarde desta segunda-feira (23) e pode cair mais, para 15%, nos próximos dias, colocando em risco a saúde dos paulistanos, mas deve ser amenizada a partir de sexta (27), quando uma frente fria chega ao estado trazendo chuvas que, apesar de leves, vão ajudar a diminuir a seca.

Enquanto a sexta-feira não chega, o melhor é se cuidar, já que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmeet) emitiu um alerta laranja de baixa umidade do ar em todo o país para os próximos dias, especialmente na quarta (25) e na quinta (26), o índice pode ficar abaixo de 15% em horários mais críticos, como no fim da manhã e início da noite em São Paulo.

Confira no mapa do Inmeet a situação em sua cidade. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade ideal para a saúde dos seres humanos deve estar entre 50 e 60%.

Por isso, quando o índice fica entre 21% e 30%, é decretado o estado de atenção, como ocorreu nesta segunda-feira em São Paulo. Quando a umidade atinge entre 12% e 20% é  decretado estado de alerta, e abaixo de 12% estado de emergência.

Entenda o que é, os riscos e o que fazer para se proteger contra a baixa umidade relativa do ar

O que é umidade relativa do ar?

A umidade relativa do ar é a relação entre a quantidade de água existente no ar (umidade absoluta) e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura (ponto de saturação). Ela varia de acordo com a temperatura (a 0ºC a umidade relativa do ar é de 4,9g/m³ e a 20ºC é de 17,3g/m³).

Em um deserto a umidade relativa do ar pode chegar a 15%.

O que contribui para aumentar a umidade nas diferentes estações do ano?

No verão, a umidade aumenta por causa dos intensos períodos de chuvas, chegando a 100% em um dia chuvoso.

No outono e, principalmente, no inverno, a umidade externa é relativamente mais baixa.

Qual a umidade ideal  e por que?

A umidade ideal  é entre 50% e 60% porque quando está muito baixa (30%) ou muito alta pode provocar problemas de sáude.

Que as doenças que podem surgir com a baixa umidade do ar?

Com a baixa umidade do ar, principalmente, em grandes cidades onde há alta concentração de poluição, as vias aéreas sofrem mais e as pessoas podem ter tosse, desconforto para respirar, crises de asma, chieira, coriza e obstrução das vias respiratórias, alerta a pneumologista e professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Cristina Gonçalves Alvim.

Além disso, outras áreas também podem ser afetadas pelo ar seco. A membrana conjuntiva do olho, por exemplo, pode ficar ressecada ou irritada e pode haver a sensação de coceira, o que também favorece o aparecimento da conjuntivite, segundo a professora.

A pele também pode sofrer com o ressecamento em especial para quem tem predisposição alérgica, como dermatite atópica. Essas pessoas podem sentir crises de coceira e ressecamento. Em casos de maior exigência do corpo, como durante a prática de atividades físicas, esses problemas podem surgir ainda mais rápidos.

Que as doenças que podem surgir com a alta umidade do ar?

A umidade relativa do ar muito alta contribui para o surgimento de fungos, mofos, bolores e ácaros e, com isso, aumentam as crises de rinite, asma, congestão nasal e espirros.   

Como diminuir o impacto do tempo seco?

- Mantenha-se hidratado. A ingestão de líquidos é extremamente importante, principalmente para crianças e idosos, que têm predisposição para desidratação; e também para quem usa intensamente a fala, como professores; pessoas que praticam atividades físicas ou que realizam trabalho braçal; 

- Aplique soro fisiológico no nariz

- Evite exercícios físicos ao ar livre e em locais de muita poluição, especialmente das 11h às 17h

- No período noturno, use umidificador de ar

- Ou use bacias com água limpa próximo à cama ou uma toalha molhada no quarto

- Deixe a casa limpa e arejada, para evitar o acúmulo de poeira e ácaros

- Evite usar vassoura, já que ela espalha pó pelo local –prefira pano úmido ou aspirador

- se os sintomas continuarem, procure o médico que pode indicar medicamentos para ajudar a reduzir os efeitos do ressecamento, como colírios ou soros.