Escrito por: Redação RBA
O país só sairá da crise com ambiente pacificado e democracia fortalecida, defende Haddad. "Não há como gerar emprego, matar a fome das pessoas e garantir educação de qualidade sem democracia"
O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (24), durante coletiva em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, depois de visitar o ex-presidente Lula, mantido como preso político desde o dia 7 de abril, que a campanha do seu partido vai se associar a todos os movimentos sociais, populares e institucionais "para o fortalecimento da democracia no Brasil".
Haddad comentou as declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que, em entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal Folha de S.Paulo, reagiu a questionamentos da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) quanto à legitimidade da urnas eletrônicas e da validade das eleições. O ministro defendeu que qualquer que seja o resultado das urnas, ele será respeitado.
"É uma preocupação grande das instituições e nossa também. Nossa campanha vai se engajar cada vez mais na questão do fortalecimento da democracia. Nós entendemos que não há como gerar empregos sem democracia, não há como matar a fome das pessoas sem democracia. Não há como garantir educação de qualidade sem democracia", defendeu Haddad.
"Nós entendemos que ela [a democracia] está sendo ameaçada diariamente com suposições, uma hora é a urna eletrônica, outra hora é sobre o resultado eleitoral e nós vamos nos associar a todos os que defendem a democracia", afirmou o candidato.
"O mundo está observando o Brasil com muito cuidado em função desses movimentos exóticos, estranhos à tradição que nós consolidamos depois da redemocratização."
Ainda sobre a questão da polarização da campanha e de manifestações de violência que têm ocorrido, como o ataque com faca ao candidato do PSL em Juiz de Fora (MG), no dia 6, Haddad afirmou que o objetivo é "cultivar o ambiente de paz" com foco no emprego e em educação.
"Nós entendemos que isso é o que vai tirar o país da crise. Sem isso não vamos sair da crise. E é em um ambiente de paz que nós vamos fazer isso. Nossa cultura é da tolerância", argumentou.
Assista à entrevista coletiva de Fernando Haddad em Curitiba: