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#QueroMeAposentar Trabalhadores protestam em todo País

Protestos contra o fim da aposentadoria param ônibus na Grande São Paulo, fábricas no ABC, petroleiros, químicos, servidores, professores e dezenas de outras categorias em todo o País. Confira.

Publicado: 19 Fevereiro, 2018 - 07h58 | Última modificação: 23 Fevereiro, 2018 - 15h15

Escrito por: CUT

Reprodução
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A CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais estão nas ruas nesta segunda-feira (19) lutando contra a reforma da Previdência do golpista e ilegitimo Michel Temer (MDB-SP), que acaba com a aposentadoria de milhões de brasileiros.

“Somos vitoriosos. Temer não está conseguindo votar essa reforma porque não tem votos para aprovar a Emenda Constitucional que acaba com a aposentadoria. E não tem votos por causa das nossas mobilizações. Ganhamos o debate na sociedade, não é reforma, é desmonte", afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas, ao avaliar as primeiras mobilizações desta manhã.

"Os deputados têm medo de votar e não serem reeleitos".

Segundo Vagner, apesar do total controle que os golpistas têm do Congresso Nacional,Temer não conseguiu até agora entregar para os patrocinadores do golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, a joia da coroa, que é a reforma da Previdência, porque os trabalhadores e trabalhadoras estão mobilizados, realizando atos, paralisações e greves, como a de 28 de abril do ano passado, uma das maiores da história do Brasil.

"E a mobilização não pode parar. A qualquer momento eles podem dar mais um golpe e tentar aprovar o fim da Previdência pública", alerta Vagner, que conclui dizendo: "conseguimos vitórias pontuais, apesar de não estarmos vivendo uma democracia plena. Impedir a votação da reforma em um momento como esse é uma grande conquista da classe trabalhadora". 

Para o secretário Geral da CUT, Sérgio Nobre, a mobilização desta segunda-feira mostra que "o povo atendeu ao chamado da Central Única dos Trabalhadores em função da possibilidade da votação da reforma da Previdência".

"Todo trabalhador metalúrgico sabe da importantância que a Previdência tem na vida de todos os trabalhadores e trabalhadoras, não só dos metalúrgicos e metalúrgicas, mas dos professores, professoras, dos bancários e bancárias, dos estudantes. A Previdência é muito mais do que aposentadoria. É um sistema de Seguridade Social que foi conquistado na luta pelos trabalhadores e agora eles querem desmontar, assim como fizeram com a legislação trabalhista".

Nesta madrugada, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC percorreram as fábricas e ficaram impressionados com a adesão à paralisação.

"É Impressionante como os trabalhadores atenderam ao chamado e ninguém veio para os locais de trabalho", disse Sérgio. 

Em todo o Brasil, a mobilização começou cedo.

No ABC, os metalúrgicos da Mercedes Benz nem saíram de casa. Os ônibus chegaram vazios na fábrica. Na Ford, mais de 3 mil trabalhadores cruzaram os braços.

Os motoristas de Santo André, São Bernardo do Campo, Sorocaba e Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, cruzaram os braços contra a reforma da Previdência do golpista Temer. Teve manifestação de motoristas também nas garagens de Salvador e Maceió. Dezenas de ônibus não conseguiram circular na parte da manhã.

E os Químicos de São Paulo fecharam o cruzamento da avenida Nações Unidas/Interlagos.  Em São Bernardo, empresa plástica Faurecia e a farmacêutica UCI-Farma estão paradas. 

No Amazonas, teve protesto no Distrito Industrial, zona sul de Manaus. A manifestação teve início por volta das 6h na bola da Suframa, um dos principais pontos de acesso para o Distrito.

No Ceará, teve atos e manifestações em várias cidades, o maior deles aconrteceu nesta manhã no centro de Fortaleza

Em Goiás, trabalhadores da agricultura familiar ocuparam as ruas em frente à agência do INSS de Goiânia.

No Paraná, houve manifestação com panfletagem no Terminal Guadalupe, caminhada no centro até a Boca Maldita e aula pública sobre o que representa essa reforma da Previdência para milhões de brasileiros que não conseguirão se aposentar. Teve também paralisações em unidades da Petrobras em todo o Estado. Em Maringá (PR), manifestantes ocuparam o escritório político do ministro Ricardo Barros.

Em Minas Gerais, os trabalhadores e as trabalhadoras da saúde realizaram uma grande assembleia de adesão à paralisação em Belo Horizonte. 

Em Pernambuco, trabalhadores da Receita Federal aderiram à paralisação em Recife. 

No Rio de Janeiro, em Casimiro de Abreu (RJ), manifestantes interditaram a BR-101.

Em Santa Catarina, trabalhadores da Agricultura Familiar também se somaram à luta contra a reforma da Previdência e realizaram manifestação em frente à multinacional Havan. Trabalhadores da limpeza de Florianópolis (COMCAP) também pararam nesta segunda-feira.

Teve protestos também nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Brasília e Porto Alegre.

Os petroleiros cruzaram os braços nas refinarias de Bacia de Campos (RJ), Repar (SP e PR), Replan/SP, Abreu e Lima (PE), na Usina de Xisto da Petrobras, em São Mateus do Sul, no Paraná, e no Terminal Paranaguá, também no Paraná. 

Bancários fecham agências em diversas capitais, como São Paulo, Recife, Banpará e Banco da Amazônia, na região Norte. Os bancários do Distrito Federal fizeram um ato no aeroporto de Brasília para recepcionar os parlamentares.

Foram realizadas manifestações em frente às agências do INSS em Porto Alegre, Curitiba, Passo Fundo, Cuiabá, Campo Grande e, em Criciúma (PR), os trabalhadores do INSS estão parados. 

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