Escrito por: Redação CUT

R$ 600: Dataprev analisa 10 milhões de pedidos e vai receber novos cadastros até 2/7

Além desses pedidos de R$ 600 que podem ser liberados nos próximos dias, Estatal vai analisar os cadastros que forem feitos até o segundo dia de julho, prazo final para os trabalhadores requerem o benefício

Agência Brasil

Quase 10 milhões de pedidos auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1.200 no caso de mães chefes de família), feitos por trabalhadores e trabalhadoras informais, autônomos, microempreendedores individuais e desempregados, ainda estão sendo analisados pela Dataprev e podem ser liberados nos próximos dias.

A estatal de tecnologia também está pronta para analisar todos os cadastros que forem feitos até o dia 2 de julho, prazo final para os informais requerem o benefício. E não importa quando será aprovado pelo governo, o trabalhador ou a trabalhadora receberá as três parcelas do benefício de R$ 600 ou, no caso das mães chefes de família, de R$ 1.200, cada uma com validade de 90 dias para o saque.

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Até agora, quase 97 milhões de trabalahdores pediram o benefício    

No total, 96,9 milhões de informais e desempregados celetistas que não estão recebendo o seguro-desemprego se cadastraram para receber o auxílio emergencial, aprovado pelo Congresso Nacional para ser pago em três parcelas, com o objetivo de amenizar as perdas de renda durante a pandemia do novo coronavírus.

Deste total, 50,52 milhões de trabalhadores, que atenderam os critérios da lei e foram os primeiros a serem aprovados para receber o benefício, já estão recebendo a segunda parcela do auxílio.

Outros 8,3 milhões de cadastros foram aprovados há duas semanas e os trabalhadores começaram a receber a primeira parcela no último dia 19.

De todos os cadastros analisados até agora pela Dataprev, 19,9 milhões de trabalhadores foram considerados inelegíveis, ou seja, não têm direito ao benefício porque não cumprem os critérios da lei. Mas, deste total, 4,8 milhões estão sendo reanalisados.

A maioria dos pedidos negados está relacionada à renda acima de R$ 28.559,70 em 2018. A lei impede pagamento do benefício pelo governo a que ganhou mais de 28,5 mil naquele ano.

Confira quem tem direito, qual o valor, como e onde se cadastrar para receber o auxílio emergencial:

- Quem tem direito?

Todos que trabalham sem carteira assinada, inclusive os trabalhadores domésticos; empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ – os chamados de microempreendedores individuais -; e trabalhador familiar auxilia ; e, desempregados com mais de 18 anos que se enquadrem nos critérios do CadÚnico (Cadastro Único), que é o registro de pessoas de baixa renda que  recebem benefícios sociais, como o Bolsa Família;

. Funcionários públicos não terão direito ao auxílio, mesmo que em contrato temporário.

. Também não receberão o auxílio pessoas que recebem algum outro benefício, como Benefício de Prestação Continuada (BPC), seguro-desemprego, aposentadoria ou pensão.

. Quem recebe Bolsa Família poderá escolher entre continuar com o valor pago pelo programa ou optar pelo auxílio de R$ 600 (não será permitido acumular os dois).

- MEI pode receber o benefício?

Os Microeempreendedores Individuais (MEIs)) têm direito ao auxílio emergencial, desde que cumpram os requisitos do auxílio.

. Tem MEIs que estão no CadÚnico.

. O MEI que não estiver no CadÚnico poderá fazer a inscrição por meio do site que será criado pelo governo.

- Quem não poderá receber o auxílio?

Famílias com renda mensal total superior a três salários mínimos (R$ 3.135) família com renda per capita (por membro da família) maior que meio salário mínimo (R$ 522,50) quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

. A renda média da família será verificada por meio do CadÚnico  para os inscritos no sistema.

. Os não inscritos no CadÚnico terão de fazer uma autodeclaração por meio de uma plataforma digital.

De acordo com a nota técnica do DIEESE, há informações de que o governo planeja disponibilizar um aplicativo que permita o cadastramento, a fim de evitar aglomerações.

- Quanto será pago?

Cada trabalhador ou trabalhadora informal que tiver direito, de acordo com as regras estabelecidas, deve receber R$ 600 por mês.

. Cada família pode acumular no máximo dois benefícios (R$ 1.200,00).

. Se a mulher trabalhadora sustentar o lar sozinha terá direito a R$ 1.200,00.

- Por quanto tempo o benefício será pago?

O auxílio será pago durante três meses ou enquanto durarem as medidas de isolamento social contra a disseminação do Covid-19. Prevendo isso, os deputados colocaram no projeto um item que prevê a possibilidade de o governo prorrogar o benefício por mais três meses.

- Como será feito o pagamento?

De acordo com o Dieese, a operacionalização e o pagamento do benefício será de responsabilidade de instituições financeiras públicas, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal ,  que deverão abrir automaticamente contas em favor dos beneficiários, com isenção de tarifas de manutenção e direito a uma transferência bancária grátis por mês.

- O que é o Cadastro Único?

​O Cadastro Único é um conjunto de informações sobre as famílias brasileiras em situação de pobreza e extrema pobreza.

Essas informações são utilizadas pelo Governo Federal, pelos Estados e pelos municípios para implementação de políticas públicas, como o Bolsa família, a Tarifa Social de Energia Elétrica e o BPC.

Quem deve estar inscrito no Cadastro Único?

Devem estar cadastradas as famílias de baixa renda:

 . O texto aprovado na Câmara não estabelece o CadÚnico como exigência para solicitar o auxílio, mas a ideia é que ele seja usado para facilitar a liberação benefício.

Quando o auxílio começa a ser pago?

Ainda não tem data marcada. O texto aprovado pelos deputados precisa ser aprovado pelo Senado, sancionado pelo presidente e o governo federal ainda terá de regulamentar como o benefício será concedido.

. Quando o governo anunciou que o benefício seria de R$ 200, o Ministério da Economia havia divulgado que quem está no Cadastro Único e cumpre os critérios já estaria inscrito para receber e não precisaria fazer nada.