Randolfe vai acionar o STF para garantir passe livre no Brasil no dia da eleição
"Há informações de que prefeituras bolsonaristas podem tomar medidas para aumentar a abstenção e assim tentar evitar a vitória de Lula em primeiro turno", disse o senador
Publicado: 28 Setembro, 2022 - 16h23 | Última modificação: 28 Setembro, 2022 - 16h47
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse nesta quarta-feira (28) que vai acionar o Superior Tribunal Federal (STF) para assegurar o passe livre nos ônibus de todo o Brasil no no dia 2 de outubro, dia do 1º turno das eleições.
De acordo com a coluna do jornalista Chico Alves, do UOL, a iniciativa do parlamentar foi tomada após a decisão de alguns prefeitos de suspender o passe livre que tradicionalmente é concedido ao eleitor no dia do pleito.
O caso de maior repercussão é o de Porto Alegre, onde o prefeito bolsonarista Sebastião Melo (MDB), apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem mais intenções de voto entre ricos e a classe média que não anda de ônibus, sancionou uma lei, em dezembro do ano passado, que suspendeu a gratuidade do transporte público no dia da votação. O passe livre estava em vigor na capital gaúcha há quase 30 anos. Agora, só vale no dia de Nossa Senhora dos Navegantes (2 de fevereiro) e nos dias de campanhas de vacinação de grande relevância e alcance, conhecidas como "Dia D".
"Além do caso de Porto Alegre, há informações de que prefeituras bolsonaristas podem tomar medidas para aumentar a abstenção e assim tentar evitar a vitória de Lula em primeiro turno no domingo", disse o parlamentar, de acordo com a reportagem. "Por isso, vamos pedir que sejam assegurados todos os meios para levar os eleitores às urnas", completou.
Através de sua legenda, Randolfe vai provocar o STF com uma Ação de Descumprimeto de Preceito Fundamental (ADPF), que tem como objetivo evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do poder público.
"A gente sente que tem um movimento em curso da parte do bolsonarismo para evitar o deslocamento dos eleitores para evitar que vão às urnas", destacou Randolfe.
O senador se refere a dificuldade de uma pessoa que ganha até dois salários mínimos, por exemplo, de pagar quase cinco reais em algumas cidades para usar o transporte coletivo. Alguns não têm o dinheiro da condução sequer para procurar emprego ou ir ao médico.
E esses brasileiros são os que mais declaram intenção de votar no ex-presidente Lula (PT). De acordo com a última rodada da pesquisa Datafolha, divulgada no dia 22, entre os eleitores que ganham até 2 salários mínimos, 57% disseram que vão vcotar no petista.