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Rede social atropela campanha pela reforma da Previdência

As hashtag #quemvotarnãovolta e ##sevotarnãovolta foram tuitadas 23,2 mil vezes

Publicado: 15 Fevereiro, 2018 - 19h06

Escrito por: CUT Nacional

Reprodução
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A campanha do governo do golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) nas redes sociais pela aprovação da reforma da Previdência foi   atropelada por críticas e ironias contra o fim da aposentadoria. Entre os dias 1º e 14 de fevereiro, a hashtag #todospelareforma, promovida pelo governo no Twitter, foi citada 12,5 mil vezes. Já as hashtag #sevotarnãovolta e #quemvotarnãovolta, defendendo que os deputados favoráveis à proposta não sejam reeleitos em outubro, foram tuitadas 23,2 mil vezes. No total, a polêmica sobre a reforma teve 151,8 mil menções no Twitter, no País, desde o início de fevereiro. 

Os dados foram levantados pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas (Dapp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com exclusividade para o Broadcast Político e broadcast+.

A reforma da Previdência é o tema econômico de maior destaque nas discussões, observa a pesquisa, e o evento do mundo político que deve gerar maior incerteza na economia nos próximos dias, passado o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A crítica às mudanças nas regras de aposentadoria ainda predomina nas discussões, com destaque para a manutenção de privilégios, a acusação de que a Previdência não é deficitária e o inconformismo, por parte da população, em trabalhar mais para se aposentar.

"Na semana do carnaval, naturalmente, houve um grande arrefecimento no volume de menções ao tema nas redes sociais. Ainda assim, há uma manutenção do tom de ceticismo da semana anterior, quando o número de menções atingiu pico histórico."

Na pesquisa, a análise observa que o arrefecimento das discussões sobre o tema ocorre paralelamente a uma melhora do Índice Bovespa e a uma queda da taxa de câmbio. "No entanto, a tendência, observada até então, é de que, com a volta das discussões sobre a reforma, o volume de menções volte a aumentar nos próximos dias e a incerteza gerada pela possibilidade de não aprovação volte a ser um fator que influencie negativamente o mercado", diz o relatório.