Escrito por: Redação CUT/ Erica Aragão
Organismos do “Povo de Deus” consideram que houve falta de intervenção eficiente da PM do Distrito Federal e que pedem os envolvidos e os financiadores sejam identificados e julgados
Entidades religiosas divulgaram nota, nesta segunda-feira (9), para mostrar total repúdio às invasões aos três poderes da República, em Brasília, que aconteceram no último domingo (8), e deixaram claro o posicionamento delas em defesa da democracia.
O Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) e a Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB), organismos do Povo de Deus da Igreja no Brasil, criticaram os atos antidemocráticos que provocaram depredações no Executivo, Legislativo e Judiciário.
Na nota, o CNLB afirma que reitera o apoio ao sistema democrático e considera que houve falta de intervenção eficiente da Polícia Militar do Distrito Federal. Diante dos fatos a nota exige “que os envolvidos em tais ações, bem como seus financiadores, sejam identificados e julgados pelos crimes cometidos”.
O CNLB convoca ainda na nota que mulheres e homens de boa vontade, movimentos sociais e expressões eclesiais se juntem a partir da cultura de paz para “trabalharmos por uma sociedade justa e fraterna, sem exclusões e preconceitos”.
A Signis Brasil, Associação Católica de Comunicação de direito pontifício, também emitiu nota de repúdio aos atos antidemocráticos. Segundo a associação, “não podemos mais aceitar atos criminosos disfarçados de manifestações”.
A nota destaca ainda que esses atos atacam as instituições democráticas, as leis do país e o povo brasileiro. “É urgente que os os executores, os mandantes e os financiadores sejam identificados e punidos no rigor da lei. Seguimos atentos, unidos em oração e acreditando que a justiça punirá de forma exemplar cada um dos envolvidos nesses atos de terrorismo”.
Não pode repetir
Já a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) também expressou em nota o mais veemente repúdio aos atos terroristas acontecidos neste domingo e também pediu punição conforme as leis para que terrorismo não volte a acontecer.
“Urge que seus feitores, mentores, instigadores e financiadores sejam identificados, responsabilizados e punidos conforme as leis brasileiras, às quais todos os cidadãos estão submetidos, para que atos semelhantes não voltem a se repetir”.
A nota convida ainda a toda a vida religiosa consagrada a “unir-se em oração e em ação para que a nação brasileira tenha a força, coragem e a serenidade necessárias para superar o ódio e violência criminosamente semeada nas mentes e corações de alguns poucos que tentam destruir a possibilidade de convivência pacífica e amizade social entre brasileiros e brasileiras”.
Com informações da CNBB