Escrito por: Redação CUT
Queda de popularidade, segundo o Datafolha, é maior entre os assalariados sem direitos: 60% dos trabalhadores sem registro em carteira reprovam Bolsonaro
O desemprego, a precarização do trabalho, a disparada dos preços dos alimentos, do gás de cozinha, dos combustíveis e das contas de luz derrubaram a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) e 53% dos brasileiros avaliam Bolsonaro como ruim ou péssimo, segundo pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (17), no jornal Folha de S. Paulo.
Outros 22% avaliam o presidente como bom ou ótimo e 24% regular.
A reprovação é maior entre os mais pobres e subiu até entre os evangélicos, seu eleitorado mais fiel até agora, segundo a pesquisa Datafolha realizada depois dos atos pró-Bolsonaro do dia 7 de Setembro.
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Confira alguns números da pesquisa
. 60% dos assalariados sem registro, os chamados uberizados, trabalhadores sem direito a nada, avaliam o governo de Bolsonaro como ruim ou péssimo. Outros 17% dizem que governo é ótimo ou bom;
. 56% dos que ganham até 2 salários mínimos acham Bolsonaro ruim ou péssimo;
. Entre quem ganha de 5 a 10 salários mínimos, a rejeição aumentou de 41% para 50%, de julho para cá;
. 61% dos que têm curso superior também reprovam o presidente;
. No segmento evangélico a reprovação ao presidente já subiu 11 pontos desde janeiro e hoje está em 41% contra 34% da rodada anterior;
. Entre as pessoas com com mais de 60 anos, a reprovação subiu de 45% para 51%;
. Até nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde costuma ter mais apoio, a rejeição subiu rejeição subiu de 41% para 48%.
Só ricos e empresários acham governo bom
Entre os mais ricos, a reprovação do presidente caiu de julho para cá, de 58% para 46% e 36% o consideram ótimo e bom.
O Sul segue avaliando Bolsonaro melhor do que outras regiões: 28% dos ouvidos o aprovam.
Já entre os empresários entrevistados, Bolsonaro, o presidente que mais atacou direitos da classe trabalhadora, tem 47% de aprovação.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa feita pelo Datafolha foi realizada nos dia 13 a 15 de setembro.
Foram entrevistados 3.667 eleitores de forma presencial em 190 cidades.
A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.