Escrito por: FUP
Administração entendeu o recado e apresentou uma nova contraproposta, com respostas aos pontos que a categoria referendou como fundamentais para avançar no processo de negociação
Após o resultado contundente das assembleias, onde 9,7 em cada 10 trabalhadores se posicionaram contrários aos ataques da gestão da Petrobrás e rejeitaram a terceira contraproposta, a empresa voltou a reunir-se com a FUP e seus sindicatos nesta segunda-feira, 05. A alta administração entendeu o recado e apresentou uma nova contraproposta, com respostas aos pontos que a categoria referendou como fundamentais para avançar no processo de negociação.
As entidades sindicais tornaram a enfatizar que quem decide o fechamento do Acordo Coletivo são as assembleias, fórum soberano da categoria. A FUP refutou a insistência da gestão da Petrobrás em querer impor uma data limite para o fechamento do ACT, lembrando, mais uma vez, que são os trabalhadores que definem os rumos da campanha reivindicatória.
Nesta terça-feira, 06, as direções sindicais voltam a reunir-se no Conselho Deliberativo da FUP para avaliar a quarta contraproposta apresentada e definir os indicativos que serão encaminhados às assembleias.
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Antes de iniciar o debate sobre o Acordo Coletivo, a FUP lamentou mais uma morte de trabalhador no Sistema Petrobrás. As direções sindicais manifestaram indignação diante da negligência da empresa no monitoramento e atendimento do petroleiro Alexandre Magno, que faleceu no dia 30 de agosto, vítima da Covid-19. Operador de rádio na plataforma de Mexilhão, ele desembarcou no dia 25/08, com sintomas da doença e, em vez de ser encaminhado para um hospital, foi mantido em isolamento em um hotel, onde recebeu monitoramento médico precário, a ponto dele ter que ser socorrido por uma amiga, no dia 27.
Apesar de ter sido internado, Alexandre já estava muito debilitado e faleceu três dias após ter sido socorrido. A negligência dos gestores com a vida dos trabalhadores tem sido denunciada constantemente pela FUP e seus sindicatos. Em vez de garantir condições seguras de trabalho e zelar pela saúde de seus empregados, sejam eles próprios ou terceirizados, a direção da Petrobrás pune e persegue quem denuncia a insegurança crônica na empresa, como fez com diversos petroleiros, inclusive, dirigentes sindicais, que foram arbitrariamente punidos com suspensões por fiscalizar e exigir o cumprimento das normas de segurança.