Escrito por: CUT Nacional
CUT condena os ataques israelenses que têm vitimado milhares de inocentes e também os atos de terror do Hamas que mataram mais de mil civis
Diante dos horrores da guerra entre Israel e o Hamas a Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), exige um cessar-fogo exige imediato, a suspensão do cerco à Faixa de Gaza – com acesso urgente da população a comida, água, medicamentos, energia, combustível e demais serviços básicos.
A entidade também repudia os atos de terror que vitimaram mais de mil civis israelenses, incluídas idosos crianças, mulheres grávidas e, inclusive, brasileiros, no último dia 7 de outubro. No entanto, esses ataques não podem ser utilizados pela extrema direita israelense para escalar sua estratégia expansionista e colonialista – que pode se constituir em um verdadeiro genocídio contra o povo palestino.
A Central se solidariza à luta pela autodeterminação do povo palestino – direito que lhe é negado há 75 anos pelo Estado de Israel em sua política colonial de ocupação e bloqueio de territórios.
Confira a resolução divulgada nesta sexta-feira (20).
1. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre foi solidária à luta pela autodeterminação do povo palestino – direito que lhe é negado há 75 anos pelo Estado de Israel em sua política colonial de ocupação e bloqueio de territórios.
2. A extrema direita israelense construiu e vem por décadas implementando uma estratégia de extermínio do povo palestino. Essa estratégia acabou fortalecendo grupos fundamentalistas e enfraquecendo os representantes laicos e democráticos do povo palestino, inviabilizando, dessa forma, as tentativas de solução pacífica dos conflitos, promovidas pela ONU e pela Comunidade Internacional.
3. A CUT repudia os atos de terror que vitimaram mais de mil civis israelenses, incluídas idosos crianças, mulheres grávidas e, inclusive, brasileiros, no último dia 7 de outubro.
4. Nos causa estranheza que um sistema de inteligência e informação tido com um dos mais avançados do mundo, como o de Israel, não tenha detectado antecipadamente a preparação dos ataques promovidos pelo grupo Hamas. Nesse sentido, a própria imprensa israelense, como o prestigioso jornal Haaretz, atribui a responsabilidade pela atual situação no Oriente Médio ao governo de Netanyahu, um governo racista, colonizador, autoritário e belicista, que criou uma situação de ataques cotidianos aos palestinos também na Cisjordânia, em Jerusalém oriental, e que foi questionado por grandes mobilizações dentro do próprio Estado de Israel.
5. A CUT repudia que os ataques perpetrados pelo Hamas estejam sendo utilizados pela extrema direita israelense para escalar sua estratégia expansionista e colonialista – que pode se constituir em um verdadeiro genocídio contra o povo palestino.
6. A CUT soma sua voz à de todos aqueles que no plano internacional condenam de forma veemente os crimes de guerra cometidos pelo governo sionista de Israel e exige um cessar-fogo imediato, a suspensão do cerco à Faixa de Gaza – com acesso urgente da população a comida, água, medicamentos, energia, combustível e demais serviços básicos. É inadiável e urgente a retomada das negociações do Estado de Israel com os legítimos representantes do povo palestino.
7. A CUT reafirma seu incondicional apoio às reivindicações pela libertação imediata dos reféns e dos presos políticos, pela garantia do direito de retorno aos refugiados e pela derrubada imediata do muro do apartheid e dos “checkpoints” que submetem diariamente as trabalhadoras e os trabalhadores palestinos a humilhações.
8. A CUT reconhece e manifesta seu apoio aos esforços realizados pelo governo do Brasil, liderado pelo Presidente Lula, para mediar uma resposta diplomática à crise e também para facilitar a repatriação dos brasileiros e das brasileiras da região do conflito.
9. Por fim, a CUT continua defendendo que o direito internacional, as resoluções da ONU e a primazia da dignidade da pessoa humana e dos direitos humanos sejam respeitados. O direito dos palestinos a um Estado nacional soberano – negado ainda hoje – é inegociável e continua contando com o nosso histórico endosso.
Direção Executiva Nacional da CUT
20 de outubro de 2023