Escrito por: Executiva Nacional da CUT
11/11: Dia Nacional de Greve contra a retirada de direitos pelo governo ilegítimo de Michel Temer
A Direção Executiva da CUT, reunida em Brasília no dia 26 de outubro, reavaliou a conjuntura e traçou as linhas de ação para o enfrentamento do governo ilegítimo de Michel Temer, com foco no Dia Nacional de Greve, em 11 de novembro. Diante do novo cenário político e econômico que vem se constituindo no pós-golpe, reafirmou a importância de atualizar sua estratégia de ação para um longo e duro período de luta e de resistência por parte da classe trabalhadora.
Na avaliação da CUT, para atingir seu objetivo de restauração neoliberal, as forças que apoiaram o golpe não se importam em colocar em risco a democracia brasileira e desconstruir o Estado de Direito. Seu objetivo é destruir o projeto de desenvolvimento com inclusão social desenvolvido nos últimos 14 anos, substituir a política externa deste período, altiva e ativa, por uma política subalterna aos interesses das empresas multinacionais e das potências centrais do sistema capitalista, defensoras, o plano internacional do ideário neoliberal.
O projeto das forças golpistas é conhecido por todos nós: a defesa do Estado mínimo e da política de austeridade para combater a crise econômica; a diminuição do investimento na proteção social para sobrar recursos para pagar juros da dívida pública e enriquecer ainda mais os setores rentistas da sociedade, como proposto pela PEC 241; a retirada de direitos trabalhistas para aumentar o lucro das empresas; a privatização de empresas e serviços essenciais e a entrega, a preços irrisórios, de nossas riquezas, como o Pré-Sal, à exploração de empresas estrangeiras; a criminalização dos movimentos sociais e a brutal repressão aos participantes em atos de oposição e resistência às arbitrariedades do governo; a ação da Lava Jato, que prende suspeitos de crime com base em processos de delação ou em suposição de que tenham cometido crime; a cumplicidade do poder judiciário com o processo de impeachment da presidenta Dilma e os recentes julgamentos do STF retirando direitos dos/as trabalhadores/as.
Esses processos estão intimamente entrelaçados. Significam a inequívoca ruptura do Estado de Direito e a transição em direção a um regime de exceção, acobertado pela imagem transmitida pela mídia de normalidade democrática e respeito às normas constitucionais.
Contra essa agenda regressiva, a CUT vem mobilizando suas bases, organizando no dia 11 de novembro o Dia Nacional de Greve com a palavra de ordem: NENHUM DIREITO A MENOS! É fundamental que todas as entidades cutistas se integrem nestas lutas, levando esta discussão para os locais de trabalho e fazendo o diálogo com os/as trabalhadores/as, advertindo-os/as dos riscos que estão correndo.
Devem organizar assembléias massivas para debater com sua base os impactos que essas medidas terão nas suas condições de trabalho e na vida de suas famílias, mobilizando o maior número possível da classe trabalhadora a cruzar os braços.
Devem se juntar aos movimentos sociais e levar esta discussão para os bairros onde moram, distribuindo material informativo à população, promovendo debates, organizando atividades culturais e esclarecendo o sentido do Dia Nacional de Greve que a CUT está protagonizando.
Junto da bandeira NENHUM DIRFEITO A MENOS, erguemos outras, que expressam nossa posição e o sentido da nossa luta política neste momento: FORA TEMER! DIRETAS JÁ! REFORMA POLÍTICA COM CONSTITUINTE EXCLUSIVA E SOBERANA.
PLANO DE LUTAS
NENHUM DIREITO A MENOS!
Votação da PEC 241 no Congresso
a ) Dia 09 de 11 – votação na Comissão de Constituição e Justiça.
b) De 09 a 17/11 – Discussão da PEC no Plenário
c) Dia 29/11 - Votação em primeiro turno no Senado.
c) Dia 13/12 - Votação em segundo turno.
DIREÇÃO EXECUTIVA DA CUT
CALENDÁRIO NOVEMBRO