Escrito por: Redação CUT
Avanço da variante delta no Rio e morte de paciente em São Paulo, levam prefeito carioca e governador paulista a iniciar nova campanha de imunização
Com o avanço da variante delta, a cidade do Rio de Janeiro começou a aplicar nesta quarta-feira (1º) doses de reforço contra a Covid-19 nos idosos que residem em instituições de longa permanência, tanto públicas quanto privadas.
A cepa indiana é predominante no Rio e corresponde a 96% das amostras analisadas na capital e a 89% no estado. A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) está em 95% e das enfermarias, em 83%.
Em São Paulo, onde já foi registrada uma morte de uma paciente que contraiu a delta, o governador João Doria (PSDB-SP) divulgou o calendário para a aplicação da terceira dose contra a Covid-19 no estado. A paciente, de 74 anos, morava em Piracicaba e tinha comorbidade. Ela já havia sido vacinada com duas doses do imunizante Coronavac.
Terceira dose no Rio
No Rio, a terceira dose com as vacinas da Pfizer ou AstraZeneca será aplicada até o dia 10 nos moradores de asilos imunizados com a primeira e segunda doses há pelo menos três meses.
A partir do dia 13, a dose de reforço será aplicada em todos os idosos com 95 anos ou mais. A prefeitura espera que até o final de outubro, toda a população de 60 anos ou mais da cidade já tenha recebido a terceira dose.
Terceira dose em São Paulo
No estado de São Paulo, a dose de reforço começa a ser aplicada na segunda-feira (6) nas pessoas acima de 90 anos.
No total, 7,2 milhões de pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidos tomarão a terceira dose da vacina conta a Covid-19 no estado.
Confira o calendário:
. De 6 a 12 de setembro: 90 anos ou mais
. 13 a 19 de setembro: 85 a 89 anos
. 20 a 26 de setembro: 80 a 84 anos e imunossuprimidos
. 27 de setembro a 3 de outubro: 70 a 79 anos
. De 4 de outubro a 10 de outubro: 60 a 69 anos.
O reforço será para idosos que tenham tomado a segunda dose há pelo menos seis meses.
Já no caso dos imunossuprimidos, a exigência é de terem tomado a segunda dose ou dose única há pelo menos 18 dias.
Imunossuprimidos são pessoas que têm o sistema imunológico mais debilitado e, por isso, mais vulneráveis a desenvolverem quadros graves da doença.
Entre as doenças que debilitam o sistema imunológico estão artrite reumatoide, lúpus, HIV, doenças inflamatórias intestinais e outras condições adquiridas ou congênitas. Também contribui para esse quadro o uso crônico de corticoides e outros medicamentos que são denominados de imunossupressores.
Números de mortes e casos no Brasil
Nesta terça-feira (31), o Brasil registrou 882 novas mortes por complicações causadas pela Covid-19, totalizando 580.525 mortes desde o início da pandemia.
Mundo
O Ministério da Saúde de Israel informou nesta terça-feira que o país registrou um novo recorde diário de casos de Covid-19.
Mais 10.947 casos foram confirmados em 24 horas, superando o recorde anterior, de 10.118 contágios em um único dia, estabelecido em 18 de janeiro.
Israel também está apostando na aplicação de doses de reforço da vacina contra a Covid-19 para conter a disseminação da variante delta, mais transmissível do que a cepa original do vírus. No fim de semana, o governo ampliou a campanha e autorizou que todos com mais de 12 anos recebam uma terceira dose do imunizante da Pfizer/BioNTech.