Rio: Garis retomam greve após suspensão temporária de três dias por causa das chuvas

Os garis do Rio de Janeiro decidiram retomar a greve no primeiro minuto desta segunda-feira (4), depois de uma suspensão temporária da paralisação entre a última sexta-feira (1º) e o domingo (3) por causa das fortes chuvas que caíram em algumas regiões do estado.

A categoria entrou em greve no dia 28 de março reivindicando reajuste de 25% nos salários. Depois de iniciada a paralisação, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) do Rio de Janeiro e a prefeitura do Rio, comandada por Eduardo Paes (PSD), concordaram com a proposta apresentada em audiência de mediação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), nesta quarta-feira (30) de aumento de 6%, sendo 2% agora, 2% em agosto e 2% em novembro. Os trabalhadores não aprovaram a proposta e mantiveram a greve.

Nos dias em que voltaram a recolher o lixo da cidade para evitar mais transtornos para a população, a direção da Columbr e a prefeitura não apresentaram nenhuma proposta satisfatória para os trabalhadores e trabalhadoras, segundo nota do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Asseio e Conservação do Município (Siemaco-Rio), que ainda não marcou uma nova assembleia porque não tem o que informar ou votar.

“Nova assembleia dos trabalhadores só será chamada caso surja alguma nova proposta da companhia. A greve continua até que haja novo acordo ou até o julgamento [da paralisação] pela Justiça”, diz a nota da entidade. (Confira abaixo a íntegra da nota).

Outro reajuste rejeitado

Na última quinta-feira (31), os garis também rejeitaram contraproposta feita  pela empresa e pelo município de reajustar em 10% os salários, também escalonada, sendo  6% agora, 2% em agosto e mais 2% em novembro.

Na semana passada, a Justiça do Trabalho considerou a greve abusiva e determinou uma multa diária de R$ 200 mil ao sindicato. O Siemaco-Rio, no entanto, entrou com um recurso para suspender a decisão.