Rio Grande do Norte: Portuários do Porto-Ilha estão em greve por tempo indeterminado
Movimento teve início nesta quinta-feira, 10. CODERN entrou na justiça com pedido de ilegalidade, mas foi derrotada. Luta é pela manutenção do emprego diante da privatização
Publicado: 11 Setembro, 2020 - 15h56 | Última modificação: 11 Setembro, 2020 - 16h16
Escrito por: Redação da CNTTL
Trabalhadores portuários do Terminal Salineiro de Areia Branca, mais conhecido como Porto-Ilha no Rio Grande do Norte, decretaram greve por tempo indeterminado na quinta-feira, 10 de setembro.
Eles reivindicam, entre outros pontos, uma resposta da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) sobre o futuro arrendamento do terminal.
Mais de 100 trabalhadores podem ser demitidos, segundo estimativa do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Portuários do estado (Sinporn). O Porto-Ilha está entre os 11 ativos de infraestrutura de transportes colocados para arrendamento pelo governo Bolsonaro em junho passado.
“A tendência é que todos os atuais portuários sejam demitidos com a chegada do arrendatário. Já enviamos ofício com questionamentos pois precisamos de uma definição”, destaca o presidente do Sinporn, Pablo Barros.
Na pauta de reivindicações também está o fim de condições precárias de trabalho, exoneração do gerente Roberto Santoyo - acusado de práticas de assédio moral, cumprimento das escalas de trabalho previstas no acordo coletivo, fim da terceirização ilegal de trabalhadores e fim do cerceamento de acesso aos dirigentes sindicais às instalações da Codern.
Além de não negociar com o Sindicato, a estatal federal entrou na justiça para acabar com o movimento grevista, mas foi derrotada.
“A luta segue em defesa dos empregos, dos trabalhadores e do Porto-Ilha, que é patrimônio do povo de Areia Branca, do Rio Grande do Norte e do Brasil”, reforça o Sindicato.
Com informações do Agora RN