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RN: professores da rede estadual rejeitam proposta do governo e a greve continua

Além do reajuste integral do piso 2023, a categoria reivindica o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos Funcionários e concurso público, entre outras pautas

Publicado: 29 Março, 2023 - 14h00 | Última modificação: 29 Março, 2023 - 17h19

Escrito por: Concita Alves

Concita Alves
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Os professores da rede estadual do Rio Grande do Norte, realizaram assembleia nessa manhã de quarta-feira (29) na Escola Estadual Winston Churchill, em Natal, para apresentar à categoria o resultado da reunião com a governadora Fátima Bezerra(PT) e avaliar o movimento em todo o estado. A categoria considerou insatisfatória a proposta apresentada pelo governo do estado,  e deliberou pela continuidade do movimento grevista, iniciado em 7 de março. 

A assembleia contou com a participação de várias regionais de educação do estado, que expuseram a situação da greve em seus municípios, além da necessidade de fortalecer a campanha no interior pela integralidade dos 14, 95% do reajuste em 2023 e pela continuidade do movimento paredista. 

Na última proposta enviada ao governo, a categoria reivindicou o pagamento integral dos 14,95% relativos ao Piso Salarial de 2023, e exigiu que seja implementado em abril, de uma só vez, para ativos e aposentados. Já em relação ao retroativo acumulado entre janeiro e março, a proposta foi parcelar e pagar nos meses de agosto, setembro e outubro.

 

Para Eliane Bandeira, professora e presidenta da CUT-RN, é preciso reconhecer que a pauta da educação é extensa e tem avançado, visto que esse é um governo que dialoga com os professores(as).

"É certo que a categoria da rede estadual, em greve há quase um mês, desejava escutar uma outra proposta da governadora. No entanto, é preciso avaliar que estamos dialogando e avançando nas demais reivindicações de uma extensa pauta que vai desde a integralidade do reajuste 2023, passando por PCCR, Projetos de Leis e Concurso público.  Seguiremos firmes com o movimento, visto que essa luta, tem fortalecido nos municípios a campanha pelo reajuste 2023", afirma Eliane Bandeira.

Para a Coordenadora Geral do Sindicato dos Trabalhadores(as) em Educação, Sinte-RN, Fátima Cardoso, o movimento grevista tem sido vitorioso e com avanços.

" Quando entramos com a pauta emergencial do piso 2023, também reivindicamos ao governo do estado o compromisso com o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos Funcionários,realização do concurso, o Projeto de Lei das Escolas em Tempo Integral e o PL do Porte das Escolas, que estão sendo encaminhados paralelo a mesa de negociação" pontua Fátima Cardoso.

O que o governo oferece

Sobre a  pauta da educação, entregue a governadora no inicío da greve, a comissão dos professores foi informada que os Projetos de Lei do Porte das Escolas e das Escolas em Tempo Integral e da realização de Concurso Público, serão enviados à Assembleia Legislativa do estado, até 28 de abril. Sobre o PL do PCCR dos funcionários será enviado à Assembleia Legislativa até 14 de maio. Até o dia 20 de abril será publicada no Diário Oficial a Comissão responsável pelo Concurso Público.

A proposta do governo que foi rejeitada pela categoria, na assembleia tem o seguinte formato:

  • Implementar o reajuste de 14,95% no mês de abril para os/as professores/as que estão abaixo da tabela salarial do Piso, com efeito retroativo a janeiro.
  • Para os demais (professores/as da ativa, aposentados e pensionistas com paridade), implementar o reajuste em três parcelas, sendo: 7,21% em maio; 3,61% em novembro e 3,49% em dezembro.
  • Quanto ao retroativo, a proposta do Governo permanece inalterada. Dessa forma, a quitação do passivo ocorreria em 8 meses, de maio a dezembro de 2024.