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RS: Banrisul é convidado a explicar fechamento de agências

Banco possuiu sedes em 98,5% dos municípios do estado. Em 96% deles, é a única opção

Publicado: 04 Outubro, 2017 - 12h15 | Última modificação: 04 Outubro, 2017 - 14h21

Escrito por: CUT-RS

O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público, deputado estadual Zé Nunes (PT), protocolou pedido para que o presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Veras Mottas, seja convidado a prestar esclarecimentos sobre denúncia apresentada pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do RS (Fetrafi-RS) sobre o fechamento e/ou extinção de agências do banco fora do estado e transformação de agências locais em salas de autoatendimento. O documento foi encaminhado às comissões de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo e de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (3).

As comissões devem avaliar o requerimento ainda esta semana. Zé Nunes entende que a extinção de agências foi referendada pelo governo estadual e segue a lógica e a intenção de vender empresas estatais no processo de alinhamento ideológico com o governo de Michel Temer e de implantação do Estado Mínimo.

“A sociedade deve ser informada sobre as decisões que dizem respeito ao banco mais presente na vida dos gaúchos e gaúchas, com agências ou postos de atendimento em 98,5% dos municípios do RS, sendo que em 96 deles é a única instituição financeira disponível”, sentencia o deputado.

Na opinião de Nunes, o encerramento das agências seria um processo nocivo, que começa a desmantelar uma grande empresa do setor financeiro que promove inclusão bancária e leva crédito a quem não tem. Ele enfatiza não ter dúvida de que as medidas preparam e criam o ambiente para a privatização ou federalização do Banrisul ou de seus dividendos. O deputado afirma que a direção do banco deveria ter aberto um canal de diálogo com as entidades representativa dos bancários e adverte que, num cenário de crise econômica, a intenção do governo ampliará ainda mais o desemprego no país.

“É lastimável ao que estamos assistindo. Denunciamos a forma como age o atual governo, constituindo elementos para justificar o seu projeto que faz mal ao RS e que encaminha o estado para dificuldades ainda maiores”, pontua. Zé Nunes disse, ainda, que a medida confirma que o governo adere de maneira submissa ao projeto de renegociação da dívida “do governo ilegítimo de Michel Temer” e adianta que a Frente Parlamentar continuará vigilante aos desdobramentos da denúncia.

De acordo com a Fetrafi-RS, o calendário de encerramento de agências inclui:

Recife – 15/12/2017

Salvador – 15/01/2018

Fortaleza – 15/02/2018

Belo Horizonte – 09/03/2018

Cascavel (PR) – Sem data

Unificações – Em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, as agências serão fundidas em um único estabelecimento.