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RS: Educadores protestam em frente ao Piratini contra calote e desrespeito

Educadores denunciaram os 56 meses de atraso e parcelamento dos salários e o abandono da rede estadual pelo governo do tucano Eduardo Leite

Publicado: 31 Julho, 2020 - 15h57

Escrito por: CPERS Sindicato

Caco Argemi – CPERS Sindicato
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Para denunciar os 56 meses de atraso e parcelamento dos salários e o abandono da rede estadual pelo governo Eduardo Leite (PSDB), educadores do Rio Grande do Sul realizaram, nesta sexta-feira (31), o Dia do Basta. A iniciativa foi marcada por protestos em frente ao Palácio Piratini e nas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).

Com número reduzido de pessoas, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a categoria denunciou, em diversas regiões do estado, a retirada de direitos, a sobrecarga de trabalho e a ausência de suporte financeiro e material para as aulas remotas.

Concomitantemente, ocorreu uma forte mobilização nas redes denunciando o abandono do governo aos professores, funcionários de escola e estudantes.

Badaladas da sineta, símbolo de luta da categoria, e cartazes com frases que denunciavam a irresponsabilidade do Executivo com os educadores a educação, marcaram o ato realizado em frente ao Palácio Piratini, no centro de Porto Alegre.

ReproduçãoReprodução

Representantes da direção central e demais educadores, todos com máscara e respeitando o distanciamento, enfatizaram a crueldade do governo que nem mesmo diante da pandemia garante o básico: salários em dia e estrutura necessária para a realização do ensino remoto.

“Basta de massacrar a categoria, governador. Nos dê condições de viver. Esse sindicato não se calará, continuaremos fazendo a denúncia desse governo caloteiro, que não paga nosso salário e nem os dias de greve, mesmo após termos recuperado as aulas”, afirmou a secretária-geral do CPERS, Candida Beatriz Rosseto.

A falta de estrutura para a efetivação das aulas remotas foi um dos pontos destacados na manifestação. “Temos trabalhado muito mais e investido como nunca, com um salário que não chega no dia certo. Estamos usando recursos próprios, que já são escassos, para poder realizar as aulas”, observou o 2º vice-presidente do Sindicato, Edson Garcia.

Basta4Basta4

“Apesar de toda nossa dedicação conseguimos atender menos de 30% dos nossos estudantes. Entregar atividades nesse momento em que estamos em bandeira vermelha, não é seguro. Cadê a internet que o governo prometeu para os professores e estudantes?”, indagou a vice-diretora do colégio Emílio Massot, Neiva Lazarotto.

“Estamos há 56 meses sem receber em dia, fora todo o contexto de desvalorização. Nosso protesto é para lembrar a falta de compromisso do governo com a categoria e a educação como um todo”, observou a diretora Vera Maria Lessês.

Basta6Basta6

“O governo Leite é igual ao Bolsonaro, usa a pandemia para atacar os nossos direitos retirando o Difícil Acesso e o Vale Transporte. Exigimos salário em dia e o pagamento dos dias de greve, trabalhamos e queremos nosso dinheiro de volta”, frisou o diretor Cássio Ritter.

Nas regiões de abrangência dos núcleos do CPERS, os educadores realizaram carreatas e manifestações em frente às CREs para marcar o Dia do Basta.

Basta1Basta1

Em Ijuí, os educadores fizeram a entrega de um ofício requerendo que o representante do governo na 36ª CRE intervenha com o Executivo, para que sejam pagos os dias de greve, já recuperados pela categoria.

Assista à transmissão do CPERS