RS: Greve dos servidores de Porto Alegre se fortalece
Iniciada na quinta-feira (5) , greve tem grande adesão e fortalece luta contra parcelamento de salários
Publicado: 07 Outubro, 2017 - 18h51 | Última modificação: 07 Outubro, 2017 - 19h23
Escrito por: CUT-RS, com informações do Simpa
O segundo dia da greve dos servidores e servidoras municipais de Porto Alegre manteve a mobilização da categoria em alta, fortalecendo a luta contra o parcelamento dos salários, os projetos de lei que retiram direitos e as ameaças de privatização. Desde as 7 horas desta sexta-feira (6), servidores e servidoras se concentraram no DMAE da Avenida Princesa Isabel.
Um abraço coletivo ao prédio do departamento marcou a posição dos trabalhadores em defesa do DMAE e contra sua privatização, defendida pelo prefeito Nelson Marchezan Jr (PSDB).
Nem a chuva espantou a categoria. A caminhada, com milhares de pessoas, se dirigiu até o Hospital de Pronto Socorro e ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. As duas instituições de saúde são centrais na luta dos trabalhadores pela valorização do serviço público.
O HPS está com seus quadros funcionais reduzidos, o que sobrecarrega os servidores e precariza as condições de trabalho e de atendimento. Além disso, a prefeitura já aventou a hipótese de passar sua administração para a União. Já o HMIPV, que também sofre com o processo de precarização da rede pública de saúde, corre o risco de ter sua gestão sendo feita via parceria público-privada (PPP).
Ao longo do trajeto, dezenas de outros servidores foram se somando à caminhada e a população demonstrava, nas janelas e nas ruas, o apoio à greve da categoria. O ato terminou em frente à prefeitura, com falas dos diretores e representantes da categoria, reforçando a luta contra o pacote de Marchezan.
Balanço
Conforme dados consolidados pela direção do Simpa (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre) no primeiro dia da greve, na Saúde 80% da categoria estava parada, porém os atendimentos emergenciais continuaram sendo feitos normalmente. Na educação, 98 das 99 escolas estão no movimento: 34 escolas estão de 70% a 100% paradas e outras 27 estão de 50% a 70% paradas.
No DMAE 60% da unidade da Princesa Isabel e 90% da manutenção estão paralisados. No DMLU, a média de servidores parados é de 75% e na assistência social, a paralisação atinge cerca de 40% dos servidores.