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RS: Manifestação exige justiça para Bruno e Dom e defende povos indígenas e Amazônia

Na próxima quinta (23), será realizado um novo ato na capital gaúcha para ampliar a luta por justiça para Bruno e Dom, contra o projeto do Marco Temporal e em solidariedade aos povos indígenas

Publicado: 20 Junho, 2022 - 09h07 | Última modificação: 20 Junho, 2022 - 10h02

Escrito por: CUT-RS | Editado por: Marize Muniz

Renata Machado – Sindiserf/RS
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Movimentos sociais e sindicais cobraram, em mobilização realizada na tarde deste domingo (19), na Orla do Gasômetro, em Porto Alegre, profunda investigação sobre os mandantes do assassinato brutal do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, com a punição exemplar de todos os envolvidos no massacre.

“Esses assassinatos são expressões do que são, na prática, as políticas que defendem o Marco Temporal, de um governo em que não há a demarcação de um centímetro de terra para povos indígenas e quilombolas”, disse a secretária de Meio Ambiente da CUT-RS, Eleandra Koch, se referindo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da aplicação da tese sobre a  demarcação de terras indígenas no país.

O processo diz respeito à constitucionalidade das terras indígenas ocupadas após a promulgação da Constituição de 1988. Caso o marco temporal seja reconhecido, as terras demarcadas desde então passam ao controle da União ou dos governos locais. A questão se iniciou em 2013, quando o governo de Santa Catarina reivindicou uma área de reserva ecológica que ficava dentro de uma terra indígena.

Leia mais: Marco temporal das terras índigenas está à espera de julgamento no STF

Eleandra, que é também secretária-geral do Sindicato dos Servidores Federais do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (Sindiserf-RS), chamou a atenção para a luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32), da chamada reforma Administrativa, “que destrói o serviço público e persegue os servidores que cumprem com as suas atribuições”.

Leia mais: PEC 32 é uma tragédia, precariza o trabalho e ameaça os serviços públicos

Ao final do ato, que teve manifestações de vários movimentos, Eleandra frisou ainda que “o protagonismo desta luta é das organizações dos povos indígenas, mas a CUT está nesta trincheira”, lembrando que, “no Rio Grande do Sul, [o governador] Eduardo Leite [PSDB] e seus aliados também passaram a boiada para destruir a proteção ambiental”.

Novo ato na próxima quinta 

Na próxima quinta-feira (23), às 15h, será realizado um novo ato na Esquina Democrática, no centro da capital gaúcha, para ampliar a luta por justiça para Bruno e Dom, contra o projeto do Marco Temporal e em solidariedade aos povos indígenas.

Durante a concentração para o ato, os índígenas entoaram um canto que Bruno havia aprendido na Amazônia e cantava com os povos originários.

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