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RS: 'Marchezan não tem compromisso com o futuro', afirma CUT

Em greve há um mês, servidores municipais de Porto Alegre denunciam intransigência.

Publicado: 05 Novembro, 2017 - 14h21

Escrito por: CUT-RS

CUT-RS
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A CUT-RS fortaleceu nesta quarta-feira (1º) o ato unificado realizado pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), em frente à prefeitura de Porto Alegre. A mobilização contou com dirigentes de várias centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais, que foram levar todo o apoio e solidariedade à categoria em greve há 28 dias.

Os servidores municipais lutam contra o parcelamento dos salários, a retirada de direitos, o desmonte do serviço público e as propostas de privatizações de instituições públicas, pretendidas pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). A categoria está inclusive acampada no Paço Municipal, num movimento para pressionar o chefe do Executivo Municipal e dialogar com a categoria para resolver o impasse.

Falando no carro de som para os municipários, o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, repudiou as políticas do prefeito tucano. “Essa administração ‘tira o couro’ dos trabalhadores, faz negociações com a coisa pública e escancara sua falta de compromisso com o país, com o futuro”, denunciou.

Para o dirigente da Central, trata-se de um governo que trabalha para as elites, para os que deram o golpe e impuseram as reformas, como a trabalhista, que prejudica os trabalhadores. Nespolo lembrou que a categoria enfrenta “um governo irresponsável que se instalou no Paço Municipal”.

Ele criticou o projeto de lei enviado pelo Executivo à Câmara de Vereadores, que poderá reduzir em R$ 633 milhões a circulação de recursos na cidade, com redução de salários e demissões. Ele lembrou que o governo Britto (PMDB), em nível estadual, também tirou dinheiro de áreas importantes, como os R$ 600 milhões para beneficiar duas empresas multinacionais, além de ter privatizado estatais, como a CRT, o que não foi perdoado pelos gaúchos, o que levou ao fim de sua carreira política e de vários deputados que o apoiavam à época.

“É um alerta para os vereadores, que têm que abrir os olhos e escutar os servidores, e não se aliarem a um governo que maltrata professores e servidores que atendem a população, como estão fazendo Marchezan e Sartori. A população não perdoa”, frisou Nespolo, reiterando que esses dados representam fatos concretos contra os quais não existe discurso.

“Quero me dirigir a vocês que estão em greve. Temos que buscar os que não estão na  greve e encher cada vez mais as próximas atividades. Fazer uma greve diferente da que vem sendo mostrada pela mídia todo santo dia, que fala que a greve não é séria para jogar a população contra os grevistas.  Não sabem os infelizes que a greve é um período de muito trabalho, de um esforço da manhã à noite para ampliar o movimento e garantir os direitos e que greve não se faz toda hora, mas quando tem que fazer, é com muita responsabilidade e compromisso. E a CUT-RS está com vocês”, finalizou o dirigente sindical.

Houve também várias manifestações que denunciaram os ataques aos direitos, a precarização das condições de trabalho, os atrasos nos pagamentos de salários e os prejuízos para a população do desmonte que vem sendo promovido pelos governos Temer (PMDB), Sartori (PMDB) e Marchezan para a sociedade, especialmente em áreas como saúde e educação.

O secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-RS e dirigente do Sindipetro-RS, Dary Becker, destacou o apoio do Sindicato à luta dos municipários e lembrou que o processo de desmonte do Estado é um projeto dos governos entreguistas. Com o leilão do pré-sal, realizado na semana passada, o governo do PMDB e seus aliados do PSDB entregou uma das nossas maiores riquezas para empresas multinacionais, que não irão gerar emprego para os brasileiros.

“A entrega do Pré-sal, comemorada pelo governo por arrecadar R$ 6 bilhões, na verdade entregou nosso petróleo por R$ 0,01 o litro e retirou trilhões da saúde e da educação”, enfatizou Dary.

Os municipários deixaram claro, durante a atividade,  que a sua luta não é só por salários, mas em defesa dos serviços públicos de qualidade e dos direitos da população.

O ato foi transmitido online na página do Simpa no Facebook e compartilhado pela CUT-RS.

Assista!