RS: Municipários decidem suspender greve e manter mobilização
A greve desta segunda-feira foi um dia de mobilizações e luta da categoria contra os projetos de lei de Marchezan
Publicado: 19 Junho, 2018 - 10h46
Escrito por: CUT-RS
A assembleia dos municipários de Porto Alegre realizada no início da noite desta segunda-feira (18), na Casa do Gaúcho, decidiu pela suspensão da greve a partir das 7h da manhã desta terça-feira (19), e pela retomada do estado de greve. Também ficou definido que poderá haver nova assembleia nesta quarta-feira (20), às 18h, caso a Câmara de Vereadores decida, neste mesmo dia, priorizar a votação dos projetos de lei que atacam os servidores municipais.
Como forma de ampliar a mobilização da categoria e esclarecer a população sobre os ataques do prefeito Nelson Marchezan Jr (PSDB) aos servidores e aos serviços públicos, foram definidas panfletagens na quinta-feira (21), às 17h, no Centro, e na sexta-feira (22), ao meio-dia, nos locais de trabalho que se organizarem para tal atividade.
Os municipários decidiram, ainda, realizar uma reunião do Fórum das Entidades no dia 26, em local e horário a serem definidos, e aprovaram moção dos trabalhadores da Fasc contra a antecipação da assembleia de terça-feira (19) para o dia 18. A antecipação foi definida no comando de greve realizado na última sexta-feira (15), em função da retirada da priorização na tramitação dos projetos definida pelo governo tucano no dia 13, dia seguinte à última assembleia da categoria. Com a decisão de suspender a greve, estão canceladas a caminhada e a assembleia que haviam sido definidas para esta terça-feira.
Protestos no Paço e na Câmara
A greve desta segunda-feira foi um dia de mobilizações e luta da categoria contra os projetos de lei de Marchezan, que retira direitos dos municipários e contra a falta de reajuste desde o ano passado. O protesto também serviu para chamar a atenção da população para a gravidade da situação de sucateamento dos serviços públicos e a importância de resistir e barrar este processo.
Durante a manhã, a categoria se reuniu no Paço Municipal, onde houve manifestações da categoria e dirigentes de entidades. O presidente em exercício da CUT-RS, Marizar de Melo, reafirmou todo o apoio e solidariedade à luta dos municipários contra o arrocho, o parcelamento salarial e os projetos do prefeito que retiram direitos e conquistas dos servidores, prejudicando os trabalhadores, os serviços públicos e a população.
No início da tarde, todos saíram em caminhada para a Câmara Municipal acompanhar a sessão plenária. Os servidores e servidoras lotaram as galerias da Casa, reafirmando aos vereadores a necessidade de derrotar os projetos. Ao todo, nove tratam diretamente da carreira dos servidores; outro possibilita a privatização do Dmae, sendo dez os PLs que atacam a categoria e os serviços públicos.
Com a mudança na priorização da pauta da Câmara, a expectativa é que sejam votados, primeiramente, projetos que tratam de questões fiscais e tributárias, tais como revisão de benefícios fiscais, criação de cadastro de inadimplentes, criação de Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas, recolhimento de dívidas consolidadas referentes à despesa de exercícios anteriores, criação e extinção de fundos públicos e atualização da planta genérica de valores do IPTU.